blogdejjpazevedo

BlogdeJJPAzevedo.com

Escrito por José Joaquim

O ex-Clássico das Multidões teve de tudo, brigas nas ruas, com prisões e torcedor no hospital, Diego Souza de forma ridícula querendo brigar em campo, fato esse que há anos não acontecia em nosso futebol, e finalmente uma chuva de gols, com viradas e oito bolas na rede. Esse foi o panorama de uma partida pobre de técnica mas rica para ser assistida.
As redes sociais divulgaram alguns vídeos sobre o que aconteceu longe do estádio da Ilha do Retiro, quando torcedores do Sport armaram uma emboscada para os adversários, com o espancamento de um membro da Inferno Coral, que foi pisoteado por mais de 10 pessoas, inclusive por um menor utilizando uma pá. Isso é a cara de um país em que a impunidade reina, e certamente amanhã esse agressor estará nas ruas.
No gramado, a situação foi diferente, muito embora Diego Souza desejasse sujar o que acontecia, partindo para agressão física contra um jogador coral, e fazendo cenas  tristes após a sua expulsão. Tudo isso para justificar o pouco futebol que apresentou.
Foi um jogo dinâmico, tecnicamente sem expressão, mas para quem gosta de futebol os 8 gols foram um colírio para os olhos. A defesa do tricolor sofreu 3 gols de bola alçada na área, e os zagueiros do Sport andaram batendo a cabeça, embora os gols do Santa Cruz tenham sido de qualidade. A partida serviu para mostrar que o técnico Oswaldo de Oliveira é teimoso e com pouca visão. Deixar Everton Felipe no banco, e colocar Paulo Roberto é algo grotesco e insano. Esse atleta da base é um das poucas coisas boas do elenco rubro-negro.
Na realidade o placar de 5x3 para o Sport refletiu o momento em que os dois clubes atravessam. A vitória seria importante para um ou para outro. O empate era um desastre, e por conta disso como numa briga de foice partiram para o tudo ou nada, e o resultado todos nós assistimos. A derrota do tricolor foi o último prego batido em seu caixão, desde que a situação que era trágica, está se tornando irreversível.
Como já tínhamos definido, foi um ex-Clássico das Multidões, e o público presente de 12.682 pessoas retrata bem a realidade do futebol de Pernambuco, que padece pela falta de qualidade e sobretudo de organização.
O Sport saiu da Semi-UTI, mas terá ainda muitas dificuldades pela frente, enquanto o Santa Cruz continua na UTI esperando que os aparelhos sejam desligados. Logo após o encontro da Ilha do Retiro assistimos uma partida de bom nível técnico, e jogadores de qualidade, entre Grêmio vs Palmeiras, mas não trocaria a nossa por essa, que terminou com o placar mais chato do futebol, 0x0, com os agradecimentos do Flamengo.
O jogo do Recife foi tão bom que Ruiz, chamado pelos torcedores de Ruim fez um gol.
São coisas do futebol ISO 9001.
Escrito por José Joaquim

A 24ª rodada do Brasileiro da Série B completou 63,1% da competição, restando 36,9%, com 14 rodadas e 42 pontos a serem disputados, e os números são bem interessante e definidores do que deverá acontecer no seu final. No momento se considerarmos o percentual de 53% do CRB que é o 4º colocado no G4, a possibilidade de que um clube possa alcançar essa meta é de 60% (61 pontos), embora a classificação poderá ser definida pelos critérios técnicos. O número mais tranquilo é de 63 pontos.
A importância das estatísticas é fundamental para que as previsões tenham uma melhor garantia, e essas nos mostram hoje após considerarmos os números de cada 8 rodadas realizadas e as 5 últimas, pontuações de mandantes e visitantes, que dois clubes poderão ser cravados na Série A de 2017, Vasco da Gama, com 98% de chances, Atlético-GO com 76%. As duas vagas restantes serão disputadas na seguinte ordem: Bahia, com 52%, Brasil de Pelotas, com 48%, CRB com 38%, Londrina com 32% e Ceará, 26% O Náutico tem uma remota chance com 10%.  
Esses clubes na 8ª rodada tinham o seguinte aproveitamento: Vasco, 79%, Atlético-GO, 79%, Bahia, 70%, Brasil de Pelotas, 58%, CRB, 50%, Londrina, 50%, Ceará, 54% e Náutico, 66%. Os percentuais da 16ª rodada foram bem modificados. O Vasco caiu para 54%, Atlético-GO desceu para 41%,  Bahia teve uma queda vertiginosa com apenas 16%, Brasil de Pelotas caiu para 37%, CRB evoluiu para 79%, Londrina subiu para 50% e o Náutico rolou a ladeira para 20% de aproveitamento nesses 24 pontos disputados.
Nas últimas 8 rodadas houve uma estabilidade para o Vasco, com 50% de aproveitamento, Atlético-GO, 45%, Bahia subiu de forma bem vertical, com 62%, Brasil de Pelotas foi o mais destacado, com 70%, CRB iniciou o seu processo de queda e de queima de gorduras, com apenas 29%, o mesmo acontecendo com o Ceará com 34%, o Londrina subiu para 45%,  e o Náutico teve uma melhora para 41%.
Observamos que o final da competição será decidido na pontuação dos jogos como visitantes e mandantes.
Os clubes com melhores balanceamento nesse item são o Brasil de Pelotas com 75% como mandante e 54% como visitante, Bahia, com 72% e 41%, Atlético-GO, 72% e 66%, Vasco, com 69% e 79%, Londrina com 58% e 66%, ou seja é melhor visitante do que mandante, fato bem raro, Ceará com 69% e 54%. O Náutico tem um bom percentual como mandante, com 63%, mas sofre como visitante com apenas 33%, fato esse que motivou a sua queda do 4º lugar nas oito rodadas iniciais para a manutenção do 11º lugar que encontrava-se na 16ª, ou seja nesse período, o clube de Pernambuco não saiu do lugar. Virou estátua.
As cinco rodadas do returno são bem definidoras, e mostram de forma clara os clubes com uma curva de queda acentuada. Nos 15 pontos disputados, o Vasco conquistou apenas 5, o Ceará,3, CRB, 5, Náutico, 3. Os maiores pontuadores foram o Bahia com 12 pontos, Atlético-GO e Brasil de Pelotas, 10 e Londrina, 8. O time carioca tinha gorduras para queimar e manteve-se na primeira colocação, assim como o CRB que ainda está no G4, mas pelo andar da carruagem e se a tendência for firmada esse irá perder a sua vaga para o Bahia. A diferença do 4º colocado (CRB), para o 7º é de apenas 2 pontos.
Agora é só aguardar, mas com a certeza de que Vasco e Atlético-GO já estão classificados, e terão as companhias do Brasil de Pelotas e Bahia.
Quem viver verá.

 

 

 

Escrito por José Joaquim

O futebol de Pernambuco definha, e a Federação local com toda a sua pirotecnia vai buscar o ISO 9001, um Certificado de Qualidade. Que mundo é esse que estamos vivenciando? Será que essa gente que comanda o futebol não atenta para o que acontece em seu entorno, e os resultados dos seus filiados nas competições? Que qualidade é essa?
Para que se tenha uma ideia exata do terrível futuro que está destinado ao nosso futebol, basta conversar com um dirigente de um time da Segunda Divisão que está disputando o estadual da categoria, e ficará sabendo da dura realidade que está enfrentando.
Sem exceção, nenhum desses competidores tem condições de atuar numa Primeira Divisão, desde que não contemplam uma estrutura mínima requerida pelo sistema. São verdadeiros clubes de bairros, que jogavam aos domingos em nossas cidades.
Os estádios, se é que possamos chama-los com esse nome, são verdadeiros locais de peladas. Clubes sem torcedores, com dificuldades financeiras, sem a menor estrutura profissional, refletindo muito bem a realidade que existe no setor. Os campos ficam vazios, mostrando que os torcedores querem algo mais do que o apresentado.
Futebol é coisa séria e tem que ser tratado como tal.
Os times que disputam uma Segunda Divisão estão lutando por um acesso e nenhum tem condições para tal. O que estamos assistindo nesse campeonato é a consagração do modelo do futebol local, que faleceu há muito tempo, e somente a Federação ainda não percebeu, ao insistir em algo que não atende mais as necessidades do futebol local e nacional.
Se houvesse um projeto nacional para o futebol brasileiro, os clubes que estão disputando essa competição, estariam engajados numa divisão municipal, que seria a base de todo um processo desportivo, inclusive na formação de jogadores. A segunda etapa para os melhores seria uma divisão regional, e assim por diante.
Federação de futebol é coisa do passado que continua lutando para sobreviver. No mundo globalizado essa não tem o menor sentido. Hoje funciona apenas como cartório, fato esse que deveria ser substituído pelo Circo Brasileiro de Futebol, que com pessoas sérias no seu comando, poderia mudar o panorama do futebol nacional, mesmo sem o ISO 9001.
SEM SENTIDO.
Escrito por José Joaquim

Há muito que o encontro entre o Sport vs Santa Cruz deixou de ser o Clássico das Multidões. Os dois últimos jogos pela Sul-Americana Tupiniquim tiveram um pouco mais de 11 mil torcedores, o que representa na realidade o momento que atravessa o futebol de Pernambuco.
O jogo de hoje está mais para um abraço de afogados, que poderão morrer juntos, por conta de suas performances no atual Brasileirão, desde que uma vitória para qualquer lado poderá servir de empurrão para o buraco do inferno. 
O clube da Ilha do Retiro tem uma folha salarial quase três vezes maior do que o seu adversário, custando em torno de R$ 4 milhões, mas dispendeu tais recursos em contratações equivocadas, inclusive em mudanças de técnicos, e nos gramados pouco produziu.
O clube do Arruda insistiu na manutenção de um grupo da Série B para disputar a A. Mudou também de treinador, contratou em demasia profissionais que nada contribuíram para a sua evolução. Deu no que deu, e os torcedores o abandonou.
Na realidade nada acontece por acaso. Ambos são produtos de gestões sem uma visão estratégica, sem um planejamento adequado para uma competição longa e com viagens exaustivas, e o reflexo está na tabela de classificação. O Sport em 16º, beirando o rebaixamento, e o Santa Cruz com um camarote cativo nesse local da degola, ocupando a 18ª colocação.
O futebol profissional não é para amadores ou torcedores das arquibancadas, que não tem a visão necessária para o administrarem. Por mais esfôrço e dedicação nada acontece, desde que os caminhos traçados são sempre tortuosos.
Os dois times entram em campo hoje trazendo uma estatística bem negativa. O Sport nos  69 pontos disputados conquistou 27, com um aproveitamento no limite de 39%. Foram 7 vitórias, 6 empates e 10 derrotas. Marcou 31 gols, e sofreu 36, com um saldo negativo de -5.
Por outro lado o Santa Cruz que no início da competição chegou a liderança da tabela, entrou na sua realidade e já dorme há muito tempo na zona da degola na espera do carrasco com a sua foice. Nos seus 69 pontos conquistou apenas 20, com um aproveitamento de apenas 29%. Conta com apenas 5 vitórias, 5 empates e 13 derrotas. Marcou 24 gols e sofreu 33, com um saldo negativo de -9.
Nas últimas seis rodadas, com 18 pontos em disputa, o clube da Ilha do Retiro somou 5 pontos. Se analisarmos os últimos 9 pontos disputados, esse conquistou apenas 1 ponto, demonstrando um viés de queda em seu gráfico estatístico.
A equipe do Arruda teve uma participação mais trágica com relação a sua pontuação. Nos 18 pontos disputados somou 2, e nos últimos 9 pontos, somente 1 ponto foi para a sua tabela de classificação. Uma vitória não irá tira-lo da zona em que se encontra, mas poderá incrementar o sonho de fuga, que é bem difícil de acontecer, desde que carrega consigo 92% de chances de voltar para a Série B, enquanto uma vitória do rubro-negro poderá ser o oxigênio necessário para a corrida contra o carrasco.
Um empate será o ¨ABRAÇO DE AFOGADOS¨, quando ambos poderão ir para o inferno. No ex-Clássico das Multidões, os torcedores no lugar dos seus gritos de apoio, estarão rezado para Santa Rita de Cassia e Santo Expedito, que adotaram os desesperados.
Lamentável o quadro atual de nosso futebol.

 

Escrito por José Joaquim

O estado de Pernambuco foi muito bem na pontuação do IDEB, que representa o Índice do Desenvolvimento Escolar, ficando em primeiro lugar entre as 27 unidades da Federação, e um dos dois que alcançaram a pontuação projetada.
Vinte e cinco estados, incluindo o Distrito Federal foram reprovados, especialmente em matemática e português, que para nós não é nenhuma novidade em um país que foi dirigido em 13 anos por apedeutas, que pouco fizeram pela educação, desde que povo sem cultura são cordeirinhos de estimação e a garantia na permanência do poder. O Nordeste é o maior exemplo.
O futebol de Pernambuco se distanciou do estado, e no ano de 2016 está sendo reprovado por conta dos procedimentos de seus clubes, nas campanhas realizadas. Aqueles que disputam ou disputaram o Brasileiro em suas diversas Séries estagnaram, e tornaram-se estáticos, como um corpo sem movimento, que foram estudados na Lei de Newton.
Central, América e Serra Talhada foram hibernar bem cedo na Série D. Um fracasso total. O Salgueiro ainda está lutando na C contra o rebaixamento. O Náutico não sai do lugar na Série B, enquanto o Santa Cruz tem mais de 90% de chances para ser degolado, e o Sport fazendo de tudo para acompanha-lo nesse calvário na maior divisão.
O modus operandi é o mesmo. Planejamento estratégico é uma palavra pornográfica e proibida nos estatutos dos clubes. Dirigente amadores, alguns apaixonados, que utilizam a paixão no lugar da razão. Não conhecem a matemática, e por conta disso não tem condições de procederem na formatação de bons projetos.
Por outro lado a Federação local também foi reprovada no IDEB, e em especial no ENEM. Nada faz, nada cria e nada transforma. Paralisou no tempo e no espaço, com um presidente fingindo que dirige e os clubes fingindo que isso acontece.
Os torcedores abandonaram os estádios, e o nosso futebol paga pela insensatez da permanência por um longo tempo do programa Todos com a Nota, que o tornou parasitário e acomodado com referência as bilheterias. O público é tão repetitivo que todos já conhecem os seus nomes. Parece um encontro em um restaurante.
O jornalismo esportivo também acomodou-se ao sistema de estagnação, e não usa a sua força para a mudança do sistema.
O mais grave é assistirmos outros estados em evolução, como o Rio de Janeiro que há algum tempo não colocava um clube na disputa pelo título e mesmo no G4, assim como quebrando um ritual de anos seguidos com um dos seus representantes sendo rebaixado.
Quando observamos o vizinho estado de Alagoas constatamos uma evolução no futebol. O CSA subiu para a Série C, o ASA tem chances matemáticas para voltar a B, e o CRB vem permanecendo no G4 do acesso para a Primeira Divisão por um longo tempo. Tem mostrado resistência.
O que mais nos preocupa é que a estagnação existe, está à frente de todos e nada se faz para dar um basta nesse modelo, ou mesmo na estática que tomou conta do nosso futebol, dando um empurrão na bola, para que essa possa entrar em movimento.
Estamos perdendo a esperança, pois não vemos no entorno futebolístico pessoas que possam mudar o sistema, e pelo andar da carruagem tudo indica que iremos continuar sendo reprovados em todos os exames que forem realizados no país.
É uma vergonha.