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Escrito por José Joaquim

No Brasil a sua Constituição garante a liberdade de expressão, que na realidade é algo belo, profundo, para aqueles livres das amarras, que podem expandir todos os seus pensamentos de forma aberta, obviamente dentro do respeito ético necessário.

O nosso blog usa a ¨Liberdade de Expressão¨, e a utiliza de forma correta, desde que nem publicidade aceitamos para não perdermos esse direito, e por isso optamos por um provedor internacional.

Lemos e ouvimos diversos editoriais de jornais, revistas e sobretudo das televisões na defesa desse direito. Algo bonito nas palavras, mas hipócrita nos procedimentos.

Há algum tempo lemos um artigo do jornalista Leonardo Sakamoto, publicado no portal UOL, que caracterizou muito bem o tema, quando afirmou que a ¨Liberdade de Expressão¨ é como um restaurante que coloca a comida em uma mesa, e você come o que lhe convém. Nada melhor para retratar uma verdade.

Em qualquer profissão a ¨Liberdade de Expressão¨ tão decantada é tolhida. Existe a ¨Liberdade do Patrão¨, e essa tem que ser exercida, pois é a que convém ao sistema.

No jornalismo isso reflete com maior gravidade. A sua opinião passa por seu editor, e desse para o maioral da empresa, e se a matéria for de encontro aos patrocinadores, aos amigos dos donos, ou do governo que detém o poder, essa certamente será suprimida.

Qual o jornalista que discorda da linha editorial de sua empresa? Os que o fizeram foram demitidos.

Na área desportiva os poderosos mandam. Se alguém ousar criticar um cartola, esse procura de imediato o dono do veiculo, pedindo a cabeça daquele que ousou fazê-lo. Os Torquemadas sempre estão prontos para degola-los.

Em nossa vida esportiva tomamos conhecimento de vários fatos de demissões por não atender a linha editorial dos patrões. Sabe quantas vezes uma matéria contra um poderoso anunciante da empresa, amigo do patrão, irá ser publicada? Nenhuma. Perda de tempo e desgaste.

Quantos jornalistas que conhecemos já foram chamados por seus chefes, para que moderassem as críticas a um desses poderosos de plantão?

Quantos telefonemas são dados para editores solicitando a demissão de um jornalista, que ousou criticar um de nossos cartolas?

O Nordeste é a região em que a ¨Liberdade de Expressão¨ é menor do que a ¨Liberdade do Patrão¨, e isso vem de suas raízes culturais, da Casa Grande e da Senzala, do sistema ¨Você sabe com quem está falando?¨.

Um dos problemas de nosso futebol é a ausência de um jornalismo investigativo, que é barrado nas mídias pelo teor de suas matérias, e fica restrito às sociais, e isso tem influenciado na sua decadência, desde que existe um ambiente de rosas perfumadas, quando o cheiro na realidade é de esgoto. Hoje as noticias são filtradas.

¨Liberdade de Expressão¨ são duas palavras lindas, mas que em nosso país foram substituídas pela ¨Liberdade do Patrão¨.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL É LÓGICO

* Antigamente ouvíamos dizer ¨que o futebol não tem lógica¨. Na verdade era um grande erro.

A lógica aristotélica é nada mais, nada menos do que um argumento do qual projeta-se uma conclusão.

O futebol de hoje é  bem lógico. O imprevisível desapareceu dando o lugar ao previsível. Os títulos são sempre disputados pelos melhores, e só da o melhor. Isso se chama de lógica.

Um clube de menor porte só tem um caminho, de lutar contra a zona da degola, nada mais do que isso. É a lógica no futebol.

A situação financeira de cada clube determina a previsibilidade nos seus resultados. Numa competição existe sempre um time superior, e por conta disso esse vai ganhar.

Quantas vezes ouvimos que o esporte da chuteira é imprevisível, mas na maioria essa intervenção não pode ser considerada. Apenas em torneios com mata-mata a lógica pode ser ultrapassada por conta da decisão por penalidades, cujas cobranças são imprevisíveis.

Na era dos pontos corridos à partir de 2003, quantas vezes um time mediano conquistou o título Nacional? Em 16 anos as conquistas sempre foram dos maiores,  caracterizando assim a previsibilidade desse esporte.

Quantas vezes o IBIS foi campeão em Pernambuco? 

A lógica funciona e os vencedores sempre são os maiores.

Quando fazemos as projeções para as classificações dos times nas competições de pontos corridos, utilizamos também a lógica com um dos fatores aplicados.

Portanto se algum analista afirmar que não existe lógica no futebol, na verdade é um erro grave.

Esse esporte cada vez fica mais lógico.

NOTA 2-  A COPA DO NORDESTE COM JOGOS AOS FINS DE SEMANA

* Não sabemos como será compatibilizado os estaduais com a Copa do Nordeste, mas pelo que será apresentado no dia de hoje em Maceió durante o evento do sorteio dos grupos, a  maioria dos jogos dessa competição serão realizados aos fins de semana.

Segundo o jornalista Marcel Rizzo, do Portal UOL, o torneio pagará a premiação no total de R$ 26 milhões que serão divididos entre os 16 participantes.

O campeão poderá embolsar cerca de R$ 3,6 milhões, um aumento de 16% com relação ao ano anterior.

Obvio que os jogos marcados nos finais de semana incentivam um maior público com um bom retorno de bilheteria para os clubes.

Os 16 clubes classificados serão divididos em dois grupos, que se encontrarão na primeira fase (times de um x times do outro).

Rivais da mesma cidade ficarão em chaves diferentes e isso vai garantir seis clássicos estaduais na primeira fase da competição: Bahia x Vitória, Ceará x Fortaleza, Confiança e Sergipe, CRB x CSA, Náutico x Santa Cruz e Moto Clube x Sampaio Correa. E ainda terão três grandes clássicos regionais com a presença do Ceará, Fortaleza, Santa Cruz, Náutico, Vitória e Bahia que obrigatoriamente terão confrontos.

As datas não estão definidas, mas o torneio deverá acontecer no primeiro semestre, com o SBT transmitindo na TV aberta.

O modelo foi bem formatado, e que poderá tornar a competição bem melhor do que a dessa temporada.

NOTA 3- A GUERRA NOS BASTIDORES DO CIRCO

* O jornalista Jorge Nicola em seu blog do portal Yahoo incrementou a teoria da conspiração com relação aos erros das arbitragens.

Segundo esse, a guerra extracampo se iniciou com a enorme pressão da FGV (Federação Gaúcha de Futebol), comandada por Francisco Novelleto em cima do Circo.

Nicola apurou que o presidente da FGV tem trabalhado muito nos bastidores em cima das arbitragens nas partidas do Inter, um dos representantes de seu estado com chances de titulo de campeão do Brasileirinho.

De conformidade com a sua teoria conspiratória, coincidência ou não o Colorado foi beneficiado com erros dos árbitros nos seus últimos dois jogos: Um gol impedido de Damião no empate de 1x1 contra o Corinthians, e um gol de pênalti inexistente determinando a vitória por 2x1 contra o time do Vitória.

O presidente Novelleto, da entidade gaúcha, que está de férias nos Estados Unidos, considerou a matéria como um absurdo, e declarou que os seus dois clubes não precisam disso, vão chegar lá.

¨Isso é condicionamento vindo do Sudeste do país¨, declarou.

Na verdade o jornalista que é bem informado deveria saber que as pressões sobre a arbitragem não são especificas do futebol gaúcho, e sim de todos os estados mais fortes no futebol do país na defesa de seus filiados.

Nicola deve ter esquecido da ajuda do árbitro ao Santos na marcação de um pênalti inexistente contra o Atlético-PR.

Será que teve alguma pressão da parte do presidente da Federação Paulista?

São coisas das peruas do futebol.

NOTA 4- O G4 E O ZR DO TURNO E RETURNO

* O G4 do turno do Brasileirinho foi composto pelos seguintes times:

1º- São Paulo- 41 pontos,

2º- Internacional- 38 pontos,

3º- Flamengo- 37 pontos e,

4º- Grêmio- 36 pontos.

O Palmeiras era o 6º, com 33 pontos.

O returno tem algumas modificações, inclusive na liderança:

1º- Palmeiras- 20 pontos,

2º- Santos- 15 pontos,

3º- Internacional- 15 pontos, e

4º- Grêmio- 14 pontos

O São Paulo está na 11ª posição, com 11 pontos

O Santos no turno terminou na 14ª colocação com 21 pontos.

O returno do Z4 ficou composto dessa forma:

17º- Chapecoense- 7 pontos,

18º- Bahia- 5 pontos,

19º- Sport- 4 pontos e,

20º- Paraná- 3 pontos

O Z4 do turno terminou com a seguinte composição:

17º- Sport- 20 pontos,

18º- Vitória -19 pontos,

19º- Ceará- 16 pontos e,

20º-Paraná- 14 pontos 

O Ceará no returno está na 5ª posição, com 14 pontos, e por conta disso fugiu da Caetana.

A Chapecoense que terminou o turno na 16ª posição, beirando a ZR, com 21 pontos, assumiu a 17ª posição, enquanto Sport, Vitória e Ceará permaneceram na zona perigosa, o que mostra uma tendência firmada.

NOTA 5- O EQUILÍBRIO DO BRASILEIRINHO

* O Brasileirinho de 2018 já bateu um recorde no numero de lideres. Foram sete nas 27 rodadas realizadas, contando com o Palmeiras.

O primeiro líder da competição foi o Atlético-PR.

O Corinthians também passou por essa posição na 2ª rodada, assim como o Atlético-MG (6ª).

O recordista foi o Flamengo em 13 rodadas.

O São Paulo que perdeu recentemente o posto esteve como líder em 8 passagens. Já o Internacional esteve no topo por duas vezes.

LIDERES 

2007, 2008, 2009 e 2016- 6 times,

2006, 2011 e 2012- 5 times,

2010, 2013 e 2014- 4 times,

2017- 3 times e,

2018- 7 times. 

NOTA 6- UM CALENDÁRIO NOCIVO

* O Circo do Futebol Brasileiro divulgou na noite de ontem o seu Calendário para a temporada de 2019, que é mais nocivo do que o de 2018.

Para comportar os torneios previstos seriam necessários 410 dias, ou seja uma mudança do Calendário Gregoriano que comporta 365.

No meio das competições aparece a tal da Copa América, um torneio mequetrefe e caça níquel para os cofres da Casa Maldita.

As datas FIFAS permanecem sem a parada das competições.

Uma verdadeira esculhambação.

O mais grave é a leniência dos clubes interessados, que aceitam de bom grado o que determina uma entidade cujos três ex-presidentes foram afastados por corrupção.

Não existe solução para o futebol brasileiro com a presença desses gestores da entidade que o dirige.

Pobre futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS NÚMEROS SÃO CONTRA O SPORT

* O torcedor do Sport não deve ser enganado com treinos abertos, com jogadores afirmando que irão ganhar sete partidas, entre outras coisas. São palavras jogadas ao vento.

Os números do rubro-negro apontam para um rebaixamento com poucas condições de reversão.

De nossa parte gostaríamos de um milagre, mas como estudioso das estatísticas temos a convicção de que o Leão será degolado.

Um time que ganhou 6 jogos em 27 rodadas, certamente não tem a menor possibilidade de ganhar sete jogos nessa fase final. Basta olhar para os adversários.

Para que isso acontecesse teria que dobrar o aproveitamento de 29,63% para 60%.

Por outro lado, o rubro-negro tem 15 derrotas, e com mais duas completará 17. Em toda história dos pontos corridos com 20 clubes, nenhum que teve esse número de derrotas conseguiu escapar da Caetana.

As vitórias como mandante pesam, mas o Sport não vai bem nesse quesito com 43,5% de aproveitamento. Como visitante é trágico, com apenas 16,67%. No returno conquistou apenas 4 pontos entre 21 disputados, com 16,6% de aproveitamento, bem distante das necessidades que terá para fugir da degola.

Em todos os sites de probabilidades o rubro-negro é o segundo nas chances do rebaixamento, ficando apenas atrás do Paraná que tem 99,99% para uma queda. Nas últimas 10 rodadas somou 4 pontos (13,3%).

Além de tudo isso, o Sport está na 19ª colocação, com 24 pontos, quatro a menos do que a Chapecoense (18º), cinco para o Vitória (17º) e de seis para o Vasco (16º), ou seja terá que ganhar duas partidas para sair da zona do perigo, e o time da Colina perder duas.

Além de depender de suas vitórias o Leão terá que torcer pela queda dos adversários, e derrotar aqueles que terão confronto direto.

Por uma coincidência do destino, no Brasileiro de 2009, o time da Ilha do Retiro estava nessa mesma situação na 27ª rodada, e foi rebaixado.

Só rezando para Santa Rita de Cássia.

NOTA 2- A RADIOGRAFIA DA 27ª RODADA DO BRASILEIRINHO

* Na 27ª rodada três times do quinteto venceram os seus jogos, Palmeiras, Grêmio e Internacional. Por outro lado, São Paulo e Grêmio empataram.

Dos sete times que estão na luta contra a degola, apenas o Ceará venceu, e o América-MG, Bahia e Vasco, empataram, enquanto Vitória, Sport e Chapecoense foram derrotados.

Houve uma estagnação na tabela de classificação nesse setor. Na rodada os visitantes venceram apenas uma partida (Grêmio), os mandantes 5, e 4 empates.

O numero de gols melhorou, para 2,6 por jogo. O público total foi de 189.821, com uma média de 18.982. Uma queda com relação a anterior.

No geral, em 270 jogos, os mandantes conquistaram 144 vitórias (53,4%), 80 empates (29,6%) e os visitantes triunfaram por 46 vezes (17,0%).

A média geral de público caiu para 18.301 por jogo.

O placar de 1x0 aconteceu por 24 vezes, 1x1, 37 vezes, e 0x0, 32. 

NOTA 3- O CEARÁ E OS SEIS CONFRONTOS DIRETOS

* O Ceará saiu da zona da degola com a vitória sobre o time da Chapecoense por 3x1, com uma pequena folga sobre os que estão na boca do inferno.

No periodo Pós Copa, o alvinegro tem 100% de aproveitamento no Castelão.

Para atingir o objetivo de continuar na Série A de 2019, terá que passar por seis confrontos diretos, contra Botafogo, Sport, Bahia, Paraná, Atlético-PR e Vasco.

O problema maior é que a equipe cearense leva desvantagem nos jogos contra esses times, e por conta disso o preparo está sendo bem delineado para não perder o cavalo selado.

Trata-se de algo positivo se for bem aproveitado, desde que são jogos que valem seis pontos.

O primeiro da lista é o Botafogo, com 19 jogos disputados entre ambos, com cinco vitórias para o Ceará, 8 para o alvinegro carioca e seis empates. Um fato marcante é que Vovô não ganha em casa contra esse adversário desde 1975. Como anda bem como mandante poderá quebrar esse tabu;

Contra o Sport foram 24 jogos, com 6 vitórias para os cearenses, 6 empates e 12 conquistas para o Leão. Com relação ao Bahia, foram 41 confrontos, com 14 vitórias para o Ceará, 12 empates e 15 derrotas.

Contra o Paraná a situação é mais equilibrada, com 21 jogos, com 5 vitórias, 10 empates e 6 vitórias do time paranista.

Atlético-PR e Vasco, encerram a lista, foram 13 jogos contra o Furacão, 4 vitórias, 4 empates e 5 derrotas. Já diante do time da Colina, foram 20 partidas, com apenas 2 triunfos, perdeu 12 e empatou em outras seis.

São detalhes que não podem passar despercebidos por aqueles que analisam o futebol. 

NOTA 4- A ESPERANÇA DO FLAMENGO É REPETIR 2009 

* O Flamengo ocupa o 5º lugar do Brasileirinho e vem de queda livre há algum tempo. Chegou a liderança em algumas rodadas.

Apesar da colocação está à quatro pontos do líder Palmeiras.

O torcedor rubro-negro ainda não jogou a toalha no gramado, por conta da temporada de 2009, ano do seu último título brasileiro.

Nessa ocasião o Flamengo tinha 43 pontos, seis a menos do que agora, e estava na sexta colocação, com 10 pontos de diferença para o mesmo Palmeiras, que tinha 53 pontos.

Uma outra curiosidade, é que os times que estão na briga pelo titulo nessa temporada (Palmeiras, Internacional, São Paulo, Grêmio, Flamengo e Atlético-MG), também estiveram brigando em 2009.

O rubro-negro da Gávea terminou o Brasileiro com 67 pontos, ou seja nos 11 jogos seguintes conquistou 24 pontos, que o levaram ao título.

A esperança de sua torcida é de que o raio caia por duas vezes no mesmo lugar e ajude ao Urubu oito anos após.

NOTA 5- AS MÍDIAS QUEREM ESCALAR VINÍCIUS JR

* As mídias do Sudeste querem escalar Vinícius Junior de toda a maneira no time titular do Real Madrid. Quando o time merengue vai jogar as manchetes são as mesmas.

O técnico da equipe espanhola certamente o está observando e é obvio que ainda não tem a garantia que a sua presença em uma partida dará um bom retorno.

Jogar no futebol da Europa não é a mesma coisa que atuar em um Brasileirinho mequetrefe, com jogos de times de baixo nível.

Quando chegar no momento da escala essa será feita.

Aliás, o Real no dia de ontem foi surpreendido por uma zebra da Rússia, o CSKA de Moscou, que fez um gol no primeiro minuto de jogo, e segurou a vitória até o final da partida.

Outro placar que não era esperado foi o empate de 1x1 do Sub-23 do Ajax, na casa do adversário Bayern de Munique, também pela Liga dos Campeões da Europa, que está sendo mais equilibrada.

Os holandeses lideram o seu grupo.

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

Os anos vão passando, o século XXI está próximo de completar 19 primaveras, e o futebol brasileiro continua estagnado, clubes com problemas financeiros, jogadores sem apego as camisas, jovens talentos fugindo para o exterior, e sem craques nos gramados.

O ano de 2018 que está chegando na reta final foi trágico, com o futebol sendo tragado pela mediocridade em todos os seus segmentos. Isso é o testamento desses quase 19 anos do novo século. O mais grave é que tudo isso acontece, e nada se faz para que a situação seja revertida.

Qualquer estudioso sabe muito bem que todos os problemas que afetam o futebol nacional, além dos péssimos gestores, estão relacionados a falta de uma melhor regulamentação na legislação esportiva que forneça uma segurança aos clubes formadores.

O fim do passe foi sem duvida um avanço, mas o golpe foi dado quando a legislação deixou de proteger o trabalho de base e os clubes que o fazem, ou seja, deu o ponta pé inicial para a atuação dos empresários que passaram a dominar o setor.

O jogador formado poderia ir para um outro clube, desde que o direito de ir e vir faz parte da democracia, mas as cláusulas penais deveriam ser maiores e garantidoras para os clubes de origem.

As ações dos empresários de futebol tem vários tentáculos. São os responsáveis por transferências nacionais, internacionais milionárias e se apossam dos jovens talentos desde a infância. Os jogadores se transformaram em simples mercadorias nas suas mãos, enquanto os clubes são sucateados.

Entidades com problemas são mais frágeis, e o poder do dinheiro atua com intensidade, e hoje são os reféns do poder econômico, que está nas mãos do novo personagem do futebol. Esse é o atual modelo.

Conhecemos de perto alguns fatos que mostram a realidade de tais atuações. Muitas vezes jovens são reprovados pelos clubes nas peneiras e posteriormente se reapresentam na companhia de um empresário, que já é dono do seu passe. Assinam contratos, aparecem no mercado, e no final aqueles que os apresentaram ao mundo do futebol (clubes), recebem uma pequena fatia pela hospedagem.

O jogador que seria uma descoberta no clube foi terceirizado por um agente de plantão. O lucro final muitas vezes é dividido com dirigentes dos clubes, que fazem  parte do esquema.

A decadência do futebol brasileiro se deve em muito pela falta de um trabalho de base, que vem sendo feito apenas para atender os empresários, que substituíram os clubes como donos dos atletas, e por conta disso seus ativos despencaram, enquanto os passivos foram incrementados com os gastos do futebol.

Hoje não temos clubes, e sim times de futebol montados por um ano, desmontados no final pelos verdadeiros donos.

Na realidade faltam cabeças pensantes para que possam debater esse tema. Estamos em plena ¨Era da Burrice¨.

Existe uma promiscuidade nessa atual relação, visto que vários interesses estão em jogo. Uma das soluções seria a da criação de um órgão gestor de carreiras, administrado pelo próprio clube, sem a interferência de terceiros, que daria um grande passo para a reestruturação do futebol.

Do jeito que estamos caminhando o futuro é incerto, e a falência do futebol será decretada, enquanto as diversas contas bancárias dos agentes estarão cada vez mais recheadas.  

Escrito por José Joaquim

A arbitragem do futebol nacional chegou ao fundo do poço na 27ª rodada do Brasileirinho. Essa extrapolou todos os limites possíveis e alterou vários resultados.

Começou no sábado com o prejuízo do Corinthians que não teve um pênalti marcado à seu favor no encontro contra o América-MG.

No domingo pela manhã, mais uma lambança contra o Palmeiras, com um pênalti estranho favorável ao Cruzeiro, que culminou com o gol de empate.

A farra continuou nos jogos realizados no período da tarde. Uma falha grotesca prejudicou o Vitória da Bahia, por conta de uma penalidade que originou a vitória do Internacional, e finalmente um outro pênalti contra o Atlético-PR, aos 50 minutos do segundo tempo que deu origem a vitória do Santos.

Como sempre o Circo do Futebol coloca uma nota sobre o assunto no pós jogo, mas deixa de lado o mais importante que está relacionado a profissionalização do setor, que é o ponto de partida para um bom caminho dos árbitros nacionais.

Além da profissionalização, o setor deveria ser separado da entidade, desde que esse sofre as más influencias da cartolagem na escala da arbitragem.

Um exemplo bem claro foi o da presença de Caio Max para apitar o jogo entre Santos e Atlético-PR, sem nenhuma experiência para tal, ou seja quem o escalou recebeu algum pedido. O sorteio realizado é uma obra de pirotecnia, para iludir os iludidos.

Temos uma convicção que não existe desonestidade na arbitragem nacional, mas a pressão sobre essa é grande, e aliada a uma falta de um comando adequado sem comprometimento, está destruindo-a.

Como podemos acreditar numa entidade atolada em denuncias de corrupção por vários anos, possa ter em seu poder uma comissão que faz as escalas dos árbitros para os diversos jogos.

Quem conhece o Circo sabe muito bem que no meio dessas sempre tem um pedido de fora, de uma Federação, entre outras coisas.

Na verdade não existe algo mais constrangedor para um time que se prepara durante uma semana para um bom jogo, e no final sai do campo derrotado por conta do apito.

A criação de uma Comissão Nacional de Arbitragem seria da maior valia, com independência, fora dos corredores do Circo de Futebol, sem a interferência dessa entidade, juntando-se a profissionalização com o VAR, cerca de 90% dos erros não acontecerão.

O futebol brasileiro está na sua pior fase técnica, e arrastou consigo o setor de arbitragem, e se não mudar as confusões irão continuar, e no lugar do debate sobre os lances dos jogos, hoje se discute os erros dos apitadores.

As punições dos faltosos foram divulgadas na famosa Casa da Barra da Tijuca, quando ficou determinado que os três árbitros não irão apitar mais na Série A para que façam uma reciclagem na Série B. 

Quem serão os professores, os mesmos que os aprovaram? E os clubes prejudicados como ficam?

Na realidade isso só poderá mudar quando o sistema sair da Barra da Tijuca, que se apega com unhas e dentes à esse.