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Escrito por José Joaquim

O futebol europeu tem a aparência com o brasileiro de tempos atrás.

Os seus times com os mesmos jogadores por mais de dois anos e as contratações pontuais.

Como acontecia no Brasil antigo, os torcedores sabem da escala dos seus times do goleiro ao ponta esquerda.

Até quando os clubes vão suportar o numero de contratações e rescisões em uma só temporada em nosso país?

Não existe a menor possibilidade de que essa fórmula ultrapassada possa produzir efeitos positivos nas suas participações nas diversas competições.

Os nossos times são os exemplos da ausência de um planejamento e continuidade do trabalho que fazem no futebol profissional. Começa uma temporada e na sua maioria esses são formados com caras novas.

O Grêmio poderá ser o bom exemplo de retorno às décadas passadas quando está começando o ano de 2018 sem muitas novidades, e um time titular composto pela base vencedora de 2017.

Um ponto fora da curva em um processo autofágico que domina o esporte da chuteira no Brasil com os clubes transformados em locais de passagem fugaz de jogadores, com um rodizio semestral.

Os frutos serão colhidos.

Os três times de nossa capital com poucos dias de temporada, já ultrapassaram o numero absurdo de 30 contratações, e com diversas saídas.

Os que chegam, são emprestados, alguns refugados, ou em fim de carreira.

Na maioria fazem contratos curtos com vinculo liberado quando dos seus finais, obvio se chegarem a tal.

Os clubes disputam os estaduais com uma equipe, que já é bem diferenciada daquela do ano anterior. Os seus torcedores não sentem a empatia necessária para uma maior participação, já que em um dia quem está jogando é Antônio e no outro é Manoel.

Acabam os estaduais, e no Brasileiro mais uma leva.

Começa tudo de novo. Os consumidores levarão mais um tempo para saberem na verdade as escalas dos seus times. O interessante é que de vez em quando, um atleta é colocado em campo e esses sequer o conheciam.

Não é exclusividade local, e sim dos mais diversos rincões do país.

Na verdade o futebol e em especial o nosso, vive momentos idênticos a uma cozinha desprovida de gêneros para a preparação de uma boa comida. Quando começa o refugo, os cozinheiros sentem falta de ingredientes, e começam a pedir emprestados aos vizinhos, ou correm para comprar na venda da esquina.

E assim segue o preparo do prato, que no final sempre fica com o sabor amargo, da mesma maneira que acontece em nosso futebol.

O torcedor gostaria de definir a sua equipe antes do jogo, mas isso não pode acontecer, porque sempre está chegando um avião ao aeroporto trazendo mais um reforço, e esse certamente estará em campo na próxima partida.

Hoje com o número de partidas do futebol europeu transmitidas pela televisão os torcedores já sabem de cor os times que estarão em campo, o que é salutar para o esporte.

Muita coisa tem que ser feita pelo Brasil, mas a de maior importância é limpar o futebol de uma cartolagem retrograda, esperta, e que não está preocupada em mudar o sistema com suas formulas superadas. 

Comentários   

0 #1 RE: FÓRMULAS SUPERADASCARLOS EDUARDO 10-01-2018 13:09
JJ: O seu amigo levanta uma tese bem interessante e real. Hoje os clubes brasileiros não repetem o seu elenco por dois anos. Acaba uma temporada, metade vai embora, pois são emprestados ou pertencem a agentes. A empatia desaparece. O resultado final está bem claro.
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