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Escrito por José Joaquim

O famoso empresário da futebol, Carlos Leite, tirou do Vasco da Gama o zagueiro Anderson Martins e o levou para o São Paulo.

Até aí um fato normal nesse pobre futebol brasileiro, mas na verdade o atleta tinha um contrato com o time da Colina até 2020, com uma clausula que permitia a sua saída para outro clube, caso tivesse uma proposta mais vantajosa.

Além disso estava com salários atrasados.

O mesmo agente tem mais oito profissionais alocados no mesmo clube, e que também poderão sair no momento em que desejarem.

Que futebol é esse?

O futebol brasileiro tem os seus reais donos, que são proprietários de jogadores, como acontece com esse agente.

Mas não fica nisso, desde que existe um outro personagem que atua no setor, com a mais nova profissão, a de meio campista fora dos gramados.

No Brasil os meio-campistas desapareceram, mas fora dos gramados existem esses novos personagens que enriqueceram sem jogar bola.

Conversamos com um no dia de ontem.

O que faz o meio de campo fora das quatro linhas?

Pelo que sabemos é uma figura de pouca visibilidade, mas com uma importância vital, que também pode ser chamado de intermediário.

Na engrenagem atual do futebol, o empresário representa o jogador na ponta do negócio, no outro extremo está o clube, e no meio do campo das negociações encontra-se o meio campista.

Se um clube precisa de um atacante, por exemplo, ele pode recorrer a empresários conhecidos que, por sua vez acionam a sua malha de outros agentes, até no exterior, mas quem traz o jogador é o intermediário, e cada um desses personagens ganha a sua parte, inclusive em alguns casos cartolas participam do fatiamento.

Existem intermediários que não agenciam atletas, apenas fazem a indicação, e alguns ganham uma boa parte dos recursos que foram utilizados nas transações.

Se abrirem a caixa preta, Del Nero será um bebê com relação ao que acontece. 

No Rio Grande do Sul, existe um meio campista que tem cerca de 400 olheiros, não somente apenas no Brasil, como também na Argentina, Uruguai e Paraguai, que assistem aos jogos de diversas competições, inclusive das categorias de base, formando um cadastro de todos os escolhidos.

Esse intermediário gaúcho tem um banco de dados com mais de 1,5 mil atletas, sem que esses muitas vezes esses saibam que estão sendo cadastrados. O seu trabalho é o de vasculhar o mercado para oferecê-lo ao comprador.

Isso faz parte de um processo equivocado quando é entregue a uma terceirização, desde que tudo que é feito o próprio clube poderia fazê-lo, com sua rede própria de olheiros, como tinha em épocas anteriores, elaborando o seu cadastro, mas por esperteza de alguns, foi criado um mecanismo que envolve o empresário, o meio campista e o cartola, onde o dinheiro das comissões corre a solta, quando tudo poderia ser da agremiação.

Na realidade o sentido da atuação desse intermediário é o de realizar um trabalho obscuro, cadastrando vário jogadores sem autorização, mas que rende muito para quem o faz.

Há alguns anos atrás tivemos a renúncia do presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, por conta de uma transação com o zagueiro Maidana, que teve muitos furos com várias comissões pagas, inclusive para um intermediário que seria o próprio.

São coisas do futebol brasileiro, onde todos ganham, menos os clubes, que agora tem um meio de campo jogando muita bola fora do gramado, e com muito à contar.

Aliás o que ouvimos é de dar arrepios.

Comentários   

0 #1 Vivemos num CalifadoBeto Castro 11-01-2018 08:46
Este é o Califado da Brasíria Teimosa das malas espraiadas sob o comando do Vampiro e da Vampira do Tempo. Ninguém tem mais compromisso com ninguém. Na Meirellândia Geddélica do Ouro Fino dos comediantes em pé, a União dos Estados Falidos Federados virou uma Turquia Unitária do salve-se quem puder. Chora menos que tem mais malas escondidas. Voltamos ao tempo dos Nhengajos+Nhengatubas contra Nhengageiros+Nhengatins da era das navegações eólicas dos coxinhas e mortadelas. O trabalho é intermitente, terceirizado, autônomo e sem justiça e a aposentadoria só na vida eterna. A Pinguela para o além está com rachaduras expostas e os índices do treme-treme no centro da meta guarnecida por um goleiro frangueiro. Vai que é tua Chris Brasil, sil, sil, sil! Não sabemos ainda qual das etnias o Bolsohitler vai escolher para o holocausto do Após-Calipso das Arábias.
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