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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro vive no reino do absurdo, onde de tudo acontece, e sem a mínima reação dos seus habitantes. Para os seus cartolas os grandes são grandes e merecem tudo, e os pequenos são pequenos e tratados com chibata.

É o reino comandado por um dirigente que o FBI não permite que saia do país, e por uma cartolagem que não pensa no todo, e cada um olha apenas para o seu umbigo. Na verdade o pensamento é o de sempre aumentar a sua fatia, e distanciar-se dos demais.

Tudo isso com o apoio total de um monopólio que já perdura por mais de trinta anos da Rede Globo de Televisão.

Quanto mais altas forem as cotas do Flamengo e Corinthians, é obvio que as chances de conquistas serão bem maiores. Ambos nessa temporada irão receber R$ 4,4 milhões por cada jogo, enquanto o Sport terá que se contentar com R$ 1.05 mil.

São diferenças gritantes.

Por outro lado, o Campeonato Mineiro receberá da televisão R$ 37 milhões para a transmissão dos seus jogos.

O absurdo está na sua divisão, quando Cruzeiro e Atlético terão uma participação de R$ 12,3 milhões para cada um, o América-MG, R$ 2,9 milhões, e os menores entre R$ 850 a 875 mil.

Sem dúvida mais uma distribuição indecente. Deveria haver mais equilíbrio.

Um fato interessante está no tamanho do futebol de Pernambuco, que receberá da televisão R$ 4 milhões, menos 9 vezes do que o de Minas Gerais.

Não somos nada no reino do absurdo.

No Brasil existe a síndrome do egoísmo, desde que trata o clube como um produto e não a competição.

Há anos que mostramos aos nossos visitantes os modelos das Ligas norte-americanas como ideais para serem aplicados em nosso país, e em especial a NBA, a National Basketball Association, que tem no seu campeonato o produto e não os times.

Qual a possibilidade que tem um clube menor no Brasil de conquistar o título do Brasileirão por conta das diferenças técnicas produzidas pela péssima distribuição das suas receitas, que é procedida de forma desproporcional e injusta?

A NBA adota um plano de divisão dos recursos para que a competitividade seja garantida. É um trabalho efetuado para o fortalecimento de todos os participantes, não apenas aqueles com maiores audiências, como acontece no Brasil.

Em geral todos os times formam elencos capazes de surpreender.

Além do sistema draft, existe um teto salarial para as equipes, e um complexo sistema de controle dos vencimentos oferecidos a cada jogador.

A intenção é o de evitar a supremacia dos mais ricos. 

O abismo técnico entre os ricos e pobres é bem reduzido, e o sucesso de cada temporada reflete muito bem que se trata de algo proveitoso, devidamente comprovado.

O sistema adotado no Brasil tem uma única intenção, inclusive à nível estadual, a de se perpetuar os grandes clubes, que hoje já não são mais grandes, e matar os menores de inanição.

Os recursos distribuídos de forma mais igualitária geram um equilíbrio nas competições, onde um time menor fica em condições de uma boa participação. A solução para viabilizar o futebol brasileiro, e tira-lo do reino do absurdo, é o da criação de uma Liga que poderia ser uma das maiores do mundo pela potencialidade do pais.

Enquanto isso não acontece, o nosso esporte da chuteira a cada dia se transforma em um verdadeiro lixo.

Comentários   

0 #2 RE: NO REINO DO ABSURDOANTONIO CORREIA 15-01-2018 20:23
JJ: Um futebol com tantas discrepâncias jamais evoluirá. Como bem disse o rubro-negro o caso de Minas Gerais é realmente uma zombaria.
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0 #1 RE: NO REINO DO ABSURDORUBRO-NEGRO 15-01-2018 19:59
JJ; São detalhes absurdos. Esses de Minas Gerais é uma zombaria. Como um clube do interior poderá tentar conquistar o título?
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