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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL PERDEU O BOM NÍVEL

* O atual futebol brasileiro tem a cara das torcidas organizadas, que existem apenas para a provocação da violência.

O reflexo disso se dá na cartolagem, que passa o tempo trocando provocações deixando de lado o que é mais importante, a harmonia entre os clubes com os mesmos propósitos visando a evolução desse esporte.

Hoje um presidente de um clube não pode ingressar na sede de um rival, que poderá sofrer agressões de torcedores menos avisados.

Um fato que comprova tal fato  é um vídeo que está correndo pelo Brasil, em que aparece Andrés Sanchez, presidente do Corinthians sendo intimidado por alguns Conselheiros do Palmeiras numa festa do clube. Teve que retirar-se do recinto. 

O cartola corintiano tinha sido convidado pelo alviverde para a sua festa de aniversário, e atendeu o chamamento numa atitude educada e de respeito para uma entidade de tradição centenária.

Por conta de tais arbitrariedades é que o esporte da chuteira no Brasil, faz parte do ¨Bloco do Eu Sozinho¨, do cada um por si.

Somos de uma época que também aconteciam rivalidades entre os clubes, mas o respeito era muito grande entre os dirigentes. Era um período em que a educação existia no país.

Nas posses de diretorias, dos aniversários dos clubes, os dirigentes das outras agremiações compareciam e eram bem recebidos. Era a era da civilidade, hoje vivemos a da imbecilidade. 

Quando dirigimos o setor de futebol do Sport, no sábado, antes de um clássico, almoçávamos com os dirigentes da equipe que iriamos enfrentar no dia seguinte.

Quando uma delegação de um time chegava ao Recife para um jogo, sempre tinha uma pessoa da equipe adversária para recebe-lo, e sempre acontecia um almoço ou jantar de confraternização.

Hoje o que vemos são fogos atirados na madrugada para interromper o sono dos atletas, de uma babaquice total, e a ausência de um bom atendimento aos responsáveis pela delegação.

A nossa sociedade degradou-se e isso influenciou no futebol, quando não se faz paredros como antigamente.

Lamentável.

NOTA 2- O RESERVA DE CARLOS HENRIQUE SENDO CONTRATADO PELO SPORT

* Não sabemos quem indica o jogadores para serem contratados pelo Sport, mas temos uma certeza de que esse não tem ideia do que acontece no Brasil afora.

Ontem lemos uma noticia no jornal Gazeta do Povo de Curitiba, que o rubro-negro estava contratando Safira, e mandando de volta Carlos Henrique, aquele goleador que foi sem nunca ter sido.

Safira foi uma revelação que não vingou. Chegou a jogar na Itália em um clube da segunda divisão, mas não brilhou.

Depois disso atuou no Foz de Iguaçu, Londrina, Almirante Barroso, Londrina, Grêmio Novorizontino e retornou ao time paranaense, que está utilizando-o algumas vezes no segundo tempo.

Passou por nossa cabeça uma pergunta para ser feita aos dirigentes do Sport: Como um reserva de um jogador que nada mostrou nas suas atuações com a camisa do rubro-negro, poderá ser útil no Brasileirinho?

Não tem vaga sequer em uma equipe que luta contra a degola, para ser a salvação da lavoura do time da Ilha do Retiro é algo estranho.

Deve ser uma jabuticaba em um sapotizeiro.

O Sport tem nas mãos um jogador que está em nosso estado, que poderia resolver o problema de seu ataque, Ortigoza, do Náutico, que terá o resto do ano livre.

Temos a convicção que esse é melhor do que o atleta paranaense.

São coisas do futebol de Pernambuco.

NOTA 3- O NORDESTE É DA SÉRIE C

* O Nordeste pela segunda vez em 10 anos não colocou um clube na Série B.

Náutico, Santa Cruz e Botafogo-PB  foram eliminados nas quartas de final da Série C. Por conta dessas permanências, essa divisão já tem garantido nove clubes do Nordeste, quase 50% dos participantes.

O número poderá aumentar com uma possível queda do Sampaio Correa da Série B, quando completará a 10ª vaga.

Nos apequenamos.

Nessa temporada o número de nordestinos na Série B foi o menor de sua história, com apenas quatro clubes, e com dois desses com chances do acesso à divisão maior, reduzindo a conta para dois, que poderá voltar a ter a mesma quantidade por conta do Sport, Ceará e Vitória, que estão sendo perseguidos pela foice do carrasco.

Quanto a Série A, mesmo que a região possa perder dois clubes, pelo andar da carruagem a reposição será igual, com a presença do CSA e Fortaleza.

Na verdade no decorrer dos anos a região foi sendo trucidada e com pouco espaço para as duas maiores divisões, fato esse que tende a aumentar.

Somos da Terceirona.

NOTA 4- UM FUTEBOL PSICODÉLICO

* O futebol brasileiro além de surreal vem tornando-se psicodélico por conta de seus procedimentos.

Na Série A, a dança das cadeiras já engoliu 19 treinadores em 21 rodadas, um recorde mundial.

Enquanto isso a cartolagem da Série B resolveu imitar a da Divisão maior, completando uma queda de 20 treinadores, em 23 rodadas.

A última aconteceu na noite de ontem, quando Dal Pozzo, técnico do Brasil de Pelotas dançou uma bela música gaúcha.

Treze clubes fizeram a festa:

CRB- 2 

CORITIBA-2,

BOA- 2,

SAMPAIO CORREA- 2,

LONDRINA-2,

PAYSANDU-2,

BRASIL DE PELOTAS-2

AVAÍ- 1,

GOIÁS-1,

CRICIÚMA- 1,

PONTE PRETA-1,

SÃO BENTO-1 e,

JUVENTUDE-1. 

Uma farra e folia. A cartolagem gosta de uma dança.

NOTA 5- O BAHIA VENCE A PRIMEIRA PARTIDA COMO VISITANTE

* O futebol brasileiro é tão aloprado que o Brasileirinho já fechou a  21ª rodada, e na noite de ontem realizou os dois jogos da 15ª que foram adiados.

Obvio que não existe explicação para essa desorganização.

O Bahia visitou o Ceará e conseguiu a sua primeira vitória como visitante, em uma partida sem a menor qualidade técnica, com um placar de 2x0.

Com esse resultado o tricolor baiano atingiu 25 pontos, abrindo 4 pontos para a Chapecoense que é a primeira colocada na zona da degola. Os cearenses chegaram à quinta rodada sem vitória, mantendo-se na penúltima colocação.

O primeiro tempo do jogo terá que ser esquecido por conta de sua pobreza franciscana. Com raros lances de perigo. Na única oportunidade que surgiu, o Bahia abriu o marcador aos 27 minutos.

No segundo tempo o time do Ceará desesperado foi mais agressivo, mas  a defesa do adversário parava todas as tentativas de chutes ao gol. Teve chances de empatar com um chute de Richardson aos 30 minutos.

O tricolor baiano retrancou-se e ficou na espera de um erro do adversário que apareceu aos 41 minutos finais. Um jogo insosso e que mostrou a realidade desses dois clubes.

O outro jogo foi realizado na Arena da Baixada entre o Atlético-PR e Vasco, e foi bem diferente do que aconteceu no Presidente Vargas.

Uma partida intensa, com os dois times procurando o gol, com muitas chances perdidas para ambos.

Desde o inicio do jogo o Furacão assustava a equipe carioca com a bola aérea. Os ataques não funcionavam, mas o do Atlético foi mais eficaz, e quando teve a sua oportunidade colocou a bola nas redes do adversário.

O ataque vascaíno sem Maxi López perdeu a sua capacidade, e jogou por fora muitas das chances que surgiram.

Foi um jogo sem brilhantismo técnico, mas bom de ser assistido pela vontade de jogar dos dois times.

O Atlético marcou a sua terceira vitória seguida e afastou-se da zona da degola, que está ficando restrita à poucos clubes.

Pela Copa Libertadores o Flamengo derrotou o Cruzeiro por 1x0, mas o placar foi pouco para permanecer na competição. O mesmo se deu com o Corinthians ao derrotar o Colo-Colo do Chile por 2x1, que não serviu para leva-lo à fase seguinte.

Comentários   

0 #3 RE: NOTAS AVULSASCARLOS EDUARDO 30-08-2018 14:43
JJ: NOTA 3- A decadência do Norte e Nordeste no futebol é latente. Os dados citados nesse artigo mostram a verdade. Apesar disso as mídias continuam em outro mundo. Uma alienação total.
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0 #2 RE: NOTAS AVULSASRUBRO-NEGRO 30-08-2018 12:40
JJ: NOTA 2- IRIA COMENTAR, MAS COMO LEMOS O QUE ANDRE POSTOU RESOLVI ASSINAR EMBAIXO, ESTÁ PERFEITO. O NOME DE ORTIGOSA SERIA UMA BOA SOLUÇÁO.
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0 #1 Nota 2André Ângelo 30-08-2018 10:42
A contratação de Carlos Henrique já foi um grande erro. Imagine agora trazer o reserva de um jogador ruim.
Realmente, os dirigentes do Sport não sabem o que significa a expressão "estatística".
O tal do Safira marcou 3 gols em 17 partidas pelo Londrina.
Isso dá um percentual de 0,17% gol por jogo.
A média de um grande atacante gira em torno de 0,50% gol por jogo.
A média de um bom atacante gira em torno de 0,40% gol por jogo.
A média de um atacante razoável gira em torno de 0,33% gol por jogo.
E a média de 0,17% gol por jogo é de que tipo de atacante?
Foi esse mesmo cálculo que deixaram de fazer quando contrataram Carlos Henrique.
Você pode trazer um atacante desconhecido, contanto que tenha um média superior a 0,33% gol por jogo. Isso é que os grandes clubes do mundo inteiro fazem.
Quando vão contratar atacantes, eles observam as ESTATÍSTICAS de GOLS e ASSISTÊNCIAS.
O único clube no mundo que não faz esse estudo é o Sport Club do Recife. E isso não é de agora.
Basta ver quantos goleadores o Sport trouxe nos últimos 25 anos.
Quantos artilheiros o Sport teve nos últimos 25 campeonatos pernambucanos?
Quantos atacantes do Sport marcaram mais de 12 gols na Série A ou B nos últimos 25 anos.
E, como você falou, ao invés de trazer um Ortigoza ou até mesmo um Pipico, que estão parados e seria um alívio financeiro para os clubes irmãos de Pernambuco, a atual gestão prefere trazer o reserva de um atacante ruim, que passou pelo Sport totalmente apagado.
São essas as pessoas que comandam o Sport há pelo menos 4 anos. Não é à toa que o clube vem lutando contra o rebaixamento nas últimas 3 temporadas...
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