Aprendemos nos bancos escolares que a estática é um componente da Mecânica que estuda corpos que não se movem, estáticos. Ao analisamos o futebol de nosso estado, observamos que esse está enquadrado na Lei de Newton, como um corpo sem movimento.
Quando se olha no retrovisor do tempo, vimos que há alguns anos nada mudou, ou seja está enquadrado na lei da física que estuda a estática.
Os clubes endividados, o Sport lutando contra o rebaixamento, Santa Cruz e Náutico mais um ano na Série C, e os clubes do interior em processo de hibernação.
O trabalho de base sem projetar bons talentos e para suprir as lacunas continuamos a importar aviões de jogadores, sendo que alguns desses não são de boa qualidade. Estática maior não existe.
O que mais preocupa é que as conversas são sempre as mesmas, assim como os métodos das gestões. Dirigentes apaixonados, amadores, utilizando sempre a paixão no lugar da razão. São estáticos.
Planejamento estratégico é uma palavra desconhecida, e levam com a barriga os princípios de uma boa administração, que no final reflete nas atividades dos seus clubes. Mais uma vez a influência da estática.
Por outro lado, a Federação local é a representante da estática. Nada faz, nada cria e nada se transforma. Está paralisada no tempo e no espaço, na espera da batida de um possível asteroide, quando o seu presidente finge que preside, e os clubes fingem que isso acontece.
A insistência com o campeonato estadual é a maior forma de mostrar como o nosso futebol está estático. Não se cria nada para empurra-lo na direção do movimento.
Os estádios dos clubes do interior continuam com os seus antigos problemas, alguns sem as condições de abrigarem bons eventos. Na capital a novidade é a recuperação dos Aflitos. A Arena Pernambuco é um espetacular elefante albino.
E a arbitragem local? Nada mais estático. Os árbitros são esquecidos à nível nacional, sem um representante no quadro da FIFA, o que demonstra que não houve evolução. Para enganar trazem um arbitro de outro estado para cobrir a lacuna, embora isso não provoque nenhum movimento.
Outro componente da estática do nosso futebol é o jornalismo esportivo. Esse acompanhou os outros segmentos e está parado sem movimentação. Totalmente estático.
O publico dos jogos vem caindo nos últimos anos, é repetitivo, estático e as mesmas caras, todos já se conhecem pelo nome. Parece um encontro em um restaurante.
Na verdade precisamos que surja alguém no universo futebolístico para dar um empurrão na bola a fim de que essa possa entrar em movimento.