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Escrito por José Joaquim

O futebol inglês na década de 90 estava entregue à violência dos seus torcedores, os chamados Hollingans.

O Taylor Report que foi nada mais nada menos do que um plano para mudar a cara desse esporte, e conseguiu, com o integral apoio da primeira ministra Margareth Thatcher.

Foram construídas arenas do mais alto nível para a acomodação dos torcedores, e os chamados Hollingans desapareceram, e hoje o país tem o melhor futebol do mundo.

O que vimos no último domingo no Anfield, a Arena do Liverpool, antes e depois do jogo entre o time local e o Manchester City, é a prova final de que a civilidade foi a vencedora dessa batalha.

Um amigo nos perguntou como o estádio com meia hora antes do início da partida estava vazio, e em pouco tempo lotou com 55 mil torcedores.

Uma pergunta simples de ser respondida, ou seja eles estavam nas suas dependências aproveitando o lazer que é oferecido, com lojas, restaurantes, lanchonetes, museu do clube, local para crianças, cinemas, entre outras coisas, além dos lugares numerados.

A Inglaterra é o país que melhor aproveita o "Match Day" no futebol. Os Estados Unidos dominam nesse setor em outros esportes. 

Antes de soar o apito do árbitro para o começo do jogo, aconteceu uma solenidade em homenagem as vítimas de Segunda Guerra Mundial. Um estádio lotado, e sem nenhum sussurro, ou mesmo um espirro.

Óbvio que isso comoveu a quem estava assistindo. É sem duvidas um país civilizado.

Enquanto isso no país em que vivemos, ir ao um jogo de futebol necessita-se de um seguro de vida, desde que o torcedor sai de casa sem a certeza de voltar.

Nos jogos que foram realizados vários incidentes aconteceram, com prisões de torcedores, ameaças de invasões, em vários estados que abrigavam as partidas das Séries A e B.

O hino nacional quando é tocado, os torcedores continuam com seus gritos de guerra, sem o menor respeito.

Por conta disso somos favoráveis que tal medida seja repensada pelas Assembleias Estaduais, desde que estão avacalhando o hino do país.

Não conhecemos nenhum lugar do mundo, com exceção do Brasil, que tal fato aconteça.

O minuto de silêncio quando é realizado em nossos estádios trata-se de uma avacalhação, os gritos continuam, as charangas não param e as famílias dos mortos ficam constrangidas.

Enquanto isso na Inglaterra e em outros países da Europa, existe a civilidade, o Brasil é um local dos incivilizados, cuja transmissão contaminou os diversos setores da sociedade, inclusive no futebol.

A falta de educação sem duvida irá dar ao nosso país o Premio Nobel da Ignorância e da Falta de Respeito.

Lamentável.

Comentários   

0 #4 RE: UMA QUESTÃO DE CIVILIDADEPLINIO ANDRADE 12-11-2019 14:16
JJ: Parabéns pelo artigo. Só mesmo o amigo para interpretar essa realidade.
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0 #3 RE: UMA QUESTÃO DE CIVILIDADERUBRO-NEGRO 12-11-2019 14:14
JJ: Esse blog está além o nosso tempo, quando aproveita cenas como essas citadas em um jogo de futebol, que mostraram a falta de educação de nossos torcedores, que não respeitam nada, e pelo contrário ajudam a avacalhar o processo.
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0 #2 RE: UMA QUESTÃO DE CIVILIDADEANTONIO CORREIA 12-11-2019 14:11
JJ: Parabéns pelo artigo ao mostrar a falta de civilidade em nosso país, em especial no futebol. Assisti o jogo do Liverpool e City, e a cidadania, educação estavam nas cadeiras. O momento do minuto de silêncio foi emocionante. No Brasil é uma anarquia.
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0 #1 RE: UMA QUESTÃO DE CIVILIDADEJOSE CARLOS DA SILVA 12-11-2019 12:58
Ótima análise JJ.

E o pior que ao invés de copiarmos o que há de melhor nos campos europeus estamos copiando o que há de podre como por exemplo o racismo, como foi visto aqui no jogo do Sport sub-20 e domingo no Mineirão contra um segurança. Lamentável!!
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