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Escrito por José Joaquim

Ontem ouvimos uma frase bem interessante relacionada ao futebol do Brasil: "O moderno jogador é pré-fabricado".

Ao analisarmos o seu conteúdo verificamos que essa traduziu de forma correta a nossa realidade, desde que além de jogar bola, o atleta conta com uma assessoria bem diversificada, que vai além do vestir até as mensagens pelas redes sociais.

As suas cuecas são festejadas.

O hiato é tão grande que de repente, um jogador mediano que faz um gol bonito, de imediato se transforma em um craque, desde que o seu marketing já o elegeu e colocou nas cabeças dos jornalistas, que o divulgam para os torcedores.

Em nosso país não temos craques, apenas algumas promessas que estão sendo apresentadas. O último que tínhamos foi Neymar, que se bandeou para a Europa e hoje é um meia boca. Na realidade a força das mídias é tão grande que cria novos costumes e até mesmo quem é craque.

Isso também acontece em outros segmentos. Um cantor lança uma música, a qual faz sucesso, e esse se transforma em celebridade. Hoje se escreve um livro mequetrefe, já é escritor e candidato às Academias de Letras que existem no país.

Quando assistimos aos programas esportivos das diversas emissoras de TV, um gol que é diferenciado, ou uma jogada com qualidade transforma o jogador, que pula do status de mediano para craque.

Na realidade, o craque é "aquele que antevê a jogada". Quando  bola chega aos seus pés, já sabe-se o que e como o que fazer, desde que possui habilidade e boa técnica para executar lances inesperados, incomuns. Quantos jogadores brasileiros na atualidade possuem tais virtudes? Os amigos irão quebrar a cabeça ao procurarem um no palheiro.

Voltando ao tempo, sem contarmos com a era de Pelé, Garrincha, Nilton Santos, Gerson, Tostão, Dirceu Lopes, Rivelino e tantos outros que existiam em grande quantidade, além de Zico na década de oitenta, a partir de 90, a safra foi sendo reduzida, com destaques para Rivaldo e Romário e nada mais.

Hoje se confunde o craque com o artilheiro que faz gol. Uma coisa é uma coisa, e outra coisa é outra coisa. O craque também faz gol, mas seu cardápio tem algo mais de qualidade.

Craque foi Pelé que continua insubstituível até hoje. Craque é Messi nos últimos anos. O que eles tem em comum? São geniais, criativos, habilidosos, armadores, dribladores e também faziam gols.

Na realidade, a pobreza franciscana que assombra o futebol nacional, criou a necessidade da busca por um craque par que possa alavanca-lo, e assim levar mais torcedores aos estádios, mas não se pode formatar um craque nas agências de marketing, ou nas pranchetas dos jornalistas.

O craque já nasce craque com a bola nos pés, e há um bom tempo poucos estão nascendo em nosso país.   

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- AS PROPINAS PARA OS EX-CARTOLAS   

* O que todos sabiam, menos as mídias brasileiras que na verdade fingiam que o fato não tinha acontecido, a FIFA confirmou que houve pagamento de propina em dinheiro para os ex-presidentes do Circo, José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero, em troca de contratos de alguns eventos.

O jornalista Rodrigo Mattos, em seu blog, mostrou uma sentença da segunda instância do Comitê de Ética da entidade que comanda o futebol mundial, que condenou o ex-dirigente da federação brasileira Marco Polo Del Nero, por ser um dos beneficiários de subornos.

A sentença tornou-se pública porque a FIFA decidiu divulgar todas as decisões dos seus órgãos disciplinares tomadas a partir de janeiro deste ano. O processo contra Del Nero tem como base as acusações de corrupção sofridas por ele na Justiça dos EUA, onde nunca foi julgado por não sair do Brasil. Entre os casos detalhados, está a propina paga pelos direitos de marketing da Copa do Brasil.

De acordo com a sentença da FIFA, há documentos obtidos no cofre da Klefer que tinha os contratos com o Circo. O pagamento se deu em dinheiro vivo, segundo o documento da federação internacional. Eram US$ 2 milhões para serem divididos entre os dirigentes Del Nero, Ricardo Teixeira e José Maria Marin. As provas são suficientes.

Enquanto isso no Brasil com exceção de Marin que está preso nos Estados Unidos, os outros dois vivem tranquilos. Infelizmente os nossos clubes não tem a devida coragem para ingressarem com uma ação contra esses cartolas, pedindo a devolução do que tiraram da entidade, e sobretudo que a Justiça Federal do Rio de Janeiro tire das gavetas uma ação contra esses "honrados" cartolas.

Del Nero vai recorrer dessa segunda sentença.

NOTA 2- O JABACULÊ MINEIRO

* Segundo o jornalista Rodrigo Capelo, três profissionais receberam para prestar serviços à um clube. Segundo Capelo, os jornalistas que defenderam publicamente em veículos de imprensa e redes sociais, receberam valores do Cruzeiro.

De acordo com o site, Artur Vibrantinho, PC Almeida e João Carlos Felizberto, tinham contratos com o clube.

O primeiro assinou contrato válido de 5 de janeiro de 2019 até 10 de janeiro de 2020 com o Cruzeiro, no qual tem direito a receber R$ 4 mil por mês.

Já PC Almeida, cujo vínculo se iniciou em 1º de dezembro de 2018 e vai até 21 de dezembro de 2020, recebe R$ 7 mil por mês.  O total do contrato é estimado em R$ 168 mil.

Felisberto, fundador do site Nação 5 Estrelas, por sua vez, recebia R$ 7 mil mensais e teria recebido R$ 189 mil se o contrato chegasse ao final.

Podemos traduzir tal fato com uma única palavra: "JABACULÊ", o que não é novidade no ex-país do futebol do Oiapoque ao Chuí.

NOTA 3- O FUTEBOL DO BRASIL TRANSMITIU PARA PORTUGAL O VÍRUS DA SIMULAÇÃO  

* Quem assistiu o jogo entre Coritiba e Botafogo-SP deve ter ficado envergonhado pela tática das simulações para a redução do tempo de jogo. Sem duvida passou do limite.

Esse modelo de cai, cai, das câimbras e de goleiros caindo, chegou ao futebol português, e o que aconteceu no jogo do Benfica e Marítimo que terminou empatado, foi um exemplo bem negativo para o futebol com as paralizações.

Há algum tempo que vem se discutindo em Portugal do percentual reduzido da bola correndo nos jogos, cuja média hoje é de 45%. Os mesmos procedimentos do time do Maritimo são aqueles que nós estamos assistindo em vários jogos no Brasil.

Segundo análises dos jornais de Lisboa, as condições dos gramados prejudicam o jogo e reduz o tempo de movimentação da bola, mas a peça principal são os árbitros quando se contentam em aumentar o período do jogo como compensação, quando deveria optar para uma solução mais dura.

As diferenças entre os clubes são grandes, tanto aqui como lá. As estratégias de alguns treinadores para cortar a dinâmica do jogo e o ritmo do rival estão sendo usadas de forma constante.

As pessoas pagam para assistir a bons espetáculos de futebol e são tolhidas. É muito difícil jogar contra equipes que definem a maneira de sua tática com um biarticulado nas suas portas, e que reduzem o período destinado ao jogo.

O cai, cai é o futebol do futuro.

NOTA 4- A INSEGURANÇA É UM MOTIVO PARA NÃO IR AO FUTEBOL  

* A empresa Novas Arenas, do competente consultor Ricardo Araújo, encomendou uma pesquisa para listar os principais motivos que afastam o torcedor do estádio de futebol.

O resultado não trouxe nenhuma novidade para o setor, ao apontar para a insegurança como o maior empecilho de uma efetiva participação do consumidor do futebol nos jogos. Entre os demais itens citados existe um sinergia, tais como a segurança, dificuldade de transporte, e o horário, quando o maior problema é o do retorno para casa tarde, que impacta principalmente nas mulheres.

A insegurança foi mencionada por todos os homens e mulheres, bem como as dificuldades ao transporte até o estádio. Em terceiro lugar, mencionado 92% dos torcedores entrevistados, está a facilidade de assistir ao jogo pela televisão.

O desempenho do time de futebol- ou sejam a fase dentro do campo- importa para 78% dos homens na hora de comprar ingressos. Esse fator se manifestou com menor intensidade entre as mulheres, com apenas 32%.

O preço do ingresso dos jogos foi o quinto fator mais citado entre os entrevistados, de modo que apenas três entre cada dez pessoas disseram que iriam ao estádio sem se importar com o dinheiro.

Por outro lado, as mulheres não vão aos estádios por conta da Insegurança (100%), dos Transportes (100%), Televisão (90%), Horário das partidas (72%), entre outros.

Um trabalho como esse serve de parâmetro para os responsáveis pelo futebol brasileiro que não procuram saber o que pensam os torcedores.

Na verdade, Ricardo Araújo é mestre em problemas de Arenas e tem muito à contribuir para o desenvolvimento do esporte.

Nós somos dirigidos por apedeutas esportivos. 

NOTA 5- WEVERTON SALVA O PALMEIRAS

* O Palmeiras conquistou mais três pontos, mas sem apresentar um bom futebol, bem diferente do encontro contra o São Paulo.

O time alviverde contou com uma noite espetacular do seu goleiro Weverton para bater o Ceará por 1x0, pela 30ª rodada do Nacional. Graças a esse o resultado foi concretizado.

Além de defender um pênalti, fez defesas milagrosas na etapa final.

O Palmeiras depois do gol parou no gramado e passou a assistir o misto do Ceará jogar e perder gols.

A opção de Adilson Batista por um equipe alternativa não foi bem recebida pelo lado do Flamengo, mas como o técnico achava que o jogo era perdido, resolveu deixar no banco alguns titulares para um descanso visualizando os jogos contra times iguais e que poderão assegurar a continuidade do time cearense na Série A de 2020.

Foi um jogo bem movimentado com um placar injusto, desde que o empate seria justo para os dois lados.

No jogo da tarde, o Fortaleza recebeu  um recado bem importante no empate de 2x2 contra o time do Atlético-MG.

Era um jogo de seis pontos para ambos, e o tricolor saiu na frente no placar, mas cometeu um grande equivoco ao recuar para garantir o resultado.

Na segunda etapa a equipe de Rogerio Ceni com um placar de 2x1 favorável, e com o adversário com 10 homens, recuou para sustentar a vitória, dando espaços para o Galo que conseguiu empatar.

Um resultado ruim para os dois.

Enquanto isso, em um jogo marcado pela correria e com muitas chances perdidas, os times do Fluminense e do Vasco não saíram do 0x0, no Maracanã. O resultado não foi bom para ninguém.

Sem qualidade técnica os dois times criaram, mas pecaram na hora da finalização. O Fluminense teve melhores chances, inclusive com uma bola na trave, enquanto os vascaínos adotaram uma postura mais retraída.

A pontaria do time das Laranjeiras estava torta, desde que esse não conseguiu abrir o placar. O Vasco ficava esperando o adversário para dar o note final, mas não concretizou a sua tática em gols.

O último jogo foi o do Chapecoense e São Paulo, com uma vitória do tricolor por 3x0, garantindo a sua posição no G4, e mandando o time de Chapecó para a Série B de 2020.

NOTA 6- QUATRO EMPATES NOS JOGOS DA SÉRIE B

* Os jogos que encerraram a 32ª rodada da Série B terminaram empatados.

O Vitória que luta contra a degola empatou com o Figueirense em 2x2, resultado péssimo para os dois que irão continuar lutando contra a Caetana.

O Oeste conseguiu o seu 15º empate no jogo contra o CRB, com um 3x3, que tirou as esperanças do time alagoano com relação ao acesso. O time do inteior paulista sofre de empatite.

Criciúma e São Bento empataram em 1x1, um verdadeiro abraço de afogados.

O jogo mais importante era o do América-MG e Ponte Preta, com a necessidade do time mineiro de uma vitória para chegar ao G4 do acesso.

Não conseguiu e o resultado de 0x0 foi bem interessante para o Sport que tinha sido derrotado pelo Guarani, desde que ficou com uma diferença para o 5º colocado de sete pontos, em 21 a serem disputados.

Foi um jogo parelho com um resultado justo.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O EQUÍVOCO DO SPORT 

* O Sport só não estará na Série A de 2020 se acontecer um tsunami na Ilha do Retiro, fato esse que nunca aconteceu no Brasil.

Há um bom tempo estamos afirmando que a sua classificação está consolidada.

Por conta disso o planejamento para a próxima temporada já deveria ser traçado, inclusive com uma avaliação no elenco que deu para o gasto da Série B, mas para a A esse necessita de muitas coisas.

A próxima temporada deveria ser planejada para a manutenção do clube na divisão maior. Pensar em algo mais será um erro grave que poderá levar o Leão de volta a divisão menor.

Tomamos conhecimento que o presidente do clube deseja renovar o contrato com o técnico Guto Ferreira, que na verdade será um erro, desde que esse não tem o perfil de uma divisão tão desequilibrada financeiramente e que exige algo mais no seu comando.

Nada temos contra o treinador, e através de alguns amigos tomamos conhecimento de que trata-se de um profissional sério, mas por conta dos jogos que assistimos com o Sport em campo, observamos que o elenco joga sem uma formatação tática.

Cada um por si, sem o conjunto ideal, e o mais grave é a passividade de Guto e os seus erros nas substituições.

Um muito obrigado seria o ideal, e a vinda de um profissional com uma visão diferenciada e que olhe a base com bons olhos.

O presidente do Sport quer começar o 2020 de forma errada.

NOTA 2- O REBAIXAMENTO NA SÉRIE A É UMA LUTA DE CLASSES

* A luta contra o abraço da Caetana será o prato principal no fim do Campeonato.

O título já está garantido para o time do Flamengo, embora alguns desavisados continuem falando no Palmeiras, fato esse que não irá acontecer, a não ser que seja comprovado que Papai Noel existe.

Na degola existem duas vagas para sete candidatos, posto que Avaí e Chapecoense já foram levados para o fogo do inferno. O time da Ressacada necessita de 27 pontos entre os 27 a serem disputados, ou seja um aproveitamento de 100%. Enquanto isso o Verdão de Chapecó precisa somar 23 pontos, aproveitamento de 85%. 

O primeiro tem 99,1% de chances para ser rebaixado, e o segundo com 98,5.

Fizemos uma análise da situação de cada candidato, com as chances de pontos nas últimas nove rodadas, e conseguimos chegar aos números necessários para cada um.

Pela ordem: CSA- 65,2% de ser degolado e a soma de 15 pontos para a fuga, aproveitamento de 55,5%, Fluminense- 54,8%, 14 pontos (51,8%), Cruzeiro- 25,2%, 12 pontos (44,4), Botafogo- 20,8%, 11 pontos (40,7%), Ceará- 19,8%, 11 pontos (40,7%), Atlético-MG- 9,0% , 9 pontos (33,3%) e, Fortaleza- 7,8%- 9 pontos (33,3%).

Os favoritos para a queda são o CSA e Fluminense, mas se o Galo Mineiro continuar nessa curva descendente poderá ocupar a posição da equipe carioca.

Muitas emoções pela frente.

NOTA 3- MICHAEL FOI RECUPERADO PELO FUTEBOL

* Michael ponta do Goiás deve ao futebol a sua vitória contra o vicio. Ganhou essa batalha e hoje é o jogador com maior destaque no atual Brasileiro. Os seus números impressionam.

Contra o Flamengo na última quinta-feira, o atleta marcou pela 7ª vez na competição e deu a sua 4ª assistência, se tornando o 10º jogador com mais participações diretas em gols- 11 no total.

É o maior driblado brasileiro, ao todo, segundo o site Footstats, são 71 tentativas e 56 acertos, recorde de volume e precisão, tendo um aproveitamento de 78,9%. Ganha de Soltedo, do Santos, com 46, Dudu, do Palmeiras, 41 e Everton, do Grêmio, 31.

O que chama a atenção no atacante também é a objetividade, a verticalidade. Além de maior driblador, é o artilheiro do Goiás, e o 7º maior finalizador da competição.

DADOS DO FOOTSTATS E OGOL: 27 jogos 7 gols, 4 passes para gol, 26 assistências para finalização, 30 finalizações em gol, 31 finalizações  para fora, 56 drible certos, 15 dribles errados, 28 desarmes certos.

Certamente será a revelação do Brasileiro de 2019.

NOTA 4- O ROTEIRO DA 29ª RODADA

* Na 29ª rodada a média de público caiu e as bolas nas redes foram maiores. Nos 10 jogos realizados, o público total foi de 180.367, com uma média de 18.037. Foram 27 gols, com uma média de 2,70 por partida.

Nos 10 jogos realizados os mandantes e visitantes tiveram 4 vitórias cada um, e dois empates. O futebol carioca não foi contemplado com uma vitória, apenas um empate do Flamengo com o Goiás. Os quatro clubes disputaram 12 pontos, e a soma foi de apenas 1 (8,33%).

A zebra foi a vitória da Chapecoense atuando contra o Atlético-MG no Independência.

O melhor jogo foi o do Palmeiras e São Paulo, os demais foram de peladas varzeanas. No final aconteceu a redução da diferença entre o rubro-negro carioca e o alviverde paulista, de 10 para 8 pontos.

O Flamengo marcou a sua 16ª partida sem uma derrota, seguido pelo Cruzeiro, com sete. As chances de título permaneceram estáveis, com o time da Gávea com 95,3%, Palmeiras com 4,4% e Santos 0,29%.

A novidade foi a da aproximação do Grêmio para o G4, com uma diferença de apenas 2 pontos do São Paulo. O Inter está com a vaga da Libertadores ameaçada, enquanto o tricolor gaúcho vem dando a volta por cima.

Por outro lado, o estado do Ceará foi o vitorioso, com dois sucessos dos seus times, que ajudaram na fuga da Caetana.

Bom para o Nordeste que poderá ter os dois na Série A de 2020.

NOTA 5- OS CLUBES PERNAMBUCANOS NÃO SÃO TRANSPARENTES

* É incrível a falta da transparência dos clubes de Pernambuco ao não divulgarem os seus balancetes, pelo menos os trimestrais.

Os do Sul e Sudeste o fazem religiosamente em dia, e permitem que todos tenham conhecimento. As nossas caixas pretas só abrem para os ungidos ligados ao poder.

Qando publicam os seus balanços em abril de cada ano descobrimos os rombos. O Sport é a maior referência.

Milton Bivar quando assumiu o clube prometeu transparência, mas até hoje não cumpriu com a sua promessa, que sem duvida é dívida.

Pela abertura adotada nos clubes do Sudeste tomamos conhecimento do balancete de agosto do São Paulo que apesentou um déficit de 77 milhões. O fato de não ter negociado nenhum jogador titular para o exterior, repercutiu nas suas contas.

Além disso o time teve quedas precoces na Libertadores e Copa do Brasil.

A divida são-paulina cresceu em R$ 152 milhões nesse período de 8 meses, saltando de R$ 274 milhões para R$ 426 milhões.

Um buraco profundo, que mostra a dura realidade do tricolor.

NOTA 6- NO SUFOCO E NA CERA O COXA DERROTA O BOTAFOGO-SP

* Com um gol de Rodrigão, o Coritiba venceu o Botafogo-SP por 1a 0, na noite de ontem, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, pela 32ª rodada da Série B.

O Coxa voltou a vencer após três empates seguidos.

Um jogo vergonhoso, que teve de tudo menos o futebol, e mais simulações de contusões dos atletas do time paranaense. O Goleiro Muralha caiu por diversas vezes, sob o olhar do soprador do apito.

O Coritiba começou melhor a partida e aos 15 minutos abriu o placar com Rodrigão. Depois recuou e começou o anti-jogo. Para que se tenha uma ideia a primeira fase teve 27% de bola corrida, um recorde de um produto das ceras e simulações.

O segundo tempo foi de um domínio total do Botafogo-SP que perdeu muitos gols, e bolas na trave. A cera cotinuou até  o apito final, com 33% de bola correndo.

Esse é o futebol brasileiro.

Por outro lado, em Ponta Grossa aconteceu um bom jogo de futebol pela Série B, envolvendo o Operário-PR e Atlético-GO.

O rubro-negro de Goiás vinha de uma série seguida de empates, e fez sem duvida a sua melhor partida, contra um duro adversário que ajudou a fazer algo que não vimos no jogo de Ribeirão Preto.

No segundo tempo por conta de uma falha na troca de passes do Fantasma, aconteceu um erro grotesco que foi aproveitado pelo atacante do Atlético-GO que abriu o placar.

O jogo ganhou mais intensidade com o time paranaense tentando o empate, e o conseguiu graças a um peru recheado preparado pelo goleiro Kozlinski do rubro-negro, aos 43 minutos.

O clube goiano nos acréscimos ainda colocou duas bolas na trave.

Se o América-MG ganhar o seu jogo de hoje, o Atlético-GO perderá a sua vaga no G4, o que já vinha sendo preparado nas últimas rodadas.

No último jogo da noite, o líder Bragantino teve a sua festa do acesso matemático adiada ao ser derrotado pelo Cuiabá por 2x0. 

Escrito por José Joaquim

O Brasil é o país que agrega mais personagens no nosso livro que analisa a Era da Imbecilidade, e que parou no espaço e no tempo.

Na verdade ainda está nos primórdios do século XX, mais atrasado do que os antigos trens da Central do Brasil. O século XXI fugiu do nosso território.

Como um país pode acobertar uma epidemia de sarampo em pleno 2019? É algo que tem que ser estudado, desde que trata-se de um problema que só acontece em países subdesenvolvidos, como alguns do Continente Africano.

A África está aqui, sendo que esse continente foi massacrado por seus colonizadores europeus por séculos, enquanto o nosso país foi consumido por uma politicalha que se transformou em uma bandalha de ladravazes.

O maior exemplo foi o legado da Copa do Mundo para o futebol, algo que tínhamos esperança que isso acontecesse, mas cinco ano após o que vemos é a mediocridade reinante nos gramados, e algumas arenas transformadas em elefantes brancos.

O mesmo acontece com as Olímpiadas, que foi comprada com o dinheiro do povo em um processo corrupto na compra de votos, cujo parque olímpico está entregue aos Deus dará, com um abandono total, e a decadência dos esportes do setor.

O exemplo da Alemanha com a sua Copa de 2006 seria um modelo a ser utilizado por nosso país, mas a nossa serviu apenas para uma roubalheira direcionada por políticos e dirigentes desse esporte.

O que aconteceu no Brasil?

Nada para uma recuperação do setor futebolístico, e o exemplo que estamos presenciando é uma realidade bem latente, com um futebol estagnado.

O nosso país é sem duvida aquele que poderia dar certo, mas tudo que faz dá errado, inclusive no futebol.

Vivemos em uma hipocrisia acobertada por uma mídia conivente que faz questão de fechar os olhos para uma realidade tão clara, á vista de todos, que colocam por interesses comerciais ou mesmo pessoais as suas cabeças na terra, como avestruzes humanos.

Como iremos mudar o sistema quando o futebol é comandado por um grupo há mais de trinta anos com três ex-presidentes afastados por corrupção. Nenhum clube solicitou uma investigação, pelo contrário elegeram um sucessor do mesmo sistema reinante.

O futebol brasileiro foi tomado por um vírus, não do sarampo, e sim da incompetência geral que tomou conta de todos os setores desse esporte.

Legado aqui é um proibido palavrão.

Escrito por José Joaquim

Na última quarta-feira tivemos a comprovação que estamos certos quando mostramos a situação precária do futebol brasileiro.

No período da tarde assistimos um jogo pela Liga Inglesa entre Liverpool e Arsenal, que foi decidido na cobrança de penalidades, após o empate de 5x5. O que mais nos empolgou é que 90% dos jogadores que estavam no gramado eram jovens, sub-20, inclusive entre esses um brasileiro do Arsenal, Gabriel Martinelli, que foi um dos protagonistas da partida. Um jogo bom de se ver.

No período da noite assistimos alguns jogos do Brasileiro, e ficamos com a certeza de que a Espanholização fincou definitivamente as suas raízes. O alviverde atropelou o São Paulo, enquanto Atlético-MG, Vasco da Gama e Fluminense eram derrotados por clubes menores.

Sobre essas derrotas, mais uma vez vamos ao contrário do nosso jornalismo esportivo quando afirma que esses times jogaram mal, quando na verdade os vencedores é que jogaram bem.

A diferença de pontuação na tabela de classificação é pornográfica, e que mostra de forma clara que o nivelamento está por baixo, e o número de times grandes, como eram chamados, caiu de 12 para apenas quatro numa analise "boazinha".

Qual a razão de tal debacle?

Óbvio que as gestões dos clubes na sua grande maioria foram fatores para que isso acontecesse, mas o fundamental está na distribuição dos recursos dos direitos de transmissão, quando poucos recebem muito, e a maioria recebem migalhas.

Na realidade nenhum clube é obrigado a concordar com as regras determinadas, mas como vivem na penúria o que entra serve para cobrir alguns buracos. Falta a coragem para um desafio, e preferem assumir uma posição masoquista. Existem apenas para fingirem que fazem futebol. Um eterno jogo de mentirinhas.

O silêncio e a entrega são visíveis, posto que não ouvimos nenhum protesto dos clubes profissionais, contra o modelo de distribuição de receitas, contra a corrupção ou, ainda, pela grande maioria ser sazonal e sem nenhuma perspectiva do futuro.

Infelizmente o futebol brasileiro não tem voz, e uma boa parte dos seus clubes faz parte de um sistema de mortos vivos, submissos do poder.

O final da quarta-feira foi sem duvida o retrato do nosso esporte com a entrevista coletiva de Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, um verdadeiro torcedor de uma organizada. Palavras nada mais do que palavras, sem o menor conteúdo para justificarem a sua péssima gestão. 

O alvinegro sem duvida merece muito mais pelo que representa nos esportes do país.

Da maneira que estamos seguindo, no final do século a disputa entre Flamengo e Palmeiras irá estar em pleno vigor, e os demais clubes chorando pelo leite derramado, a não ser que aconteça um tsunami.