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Escrito por José Joaquim

Tomamos como parâmetro quatro clubes brasileiros para a postagem desse artigo. Santos, Coritiba, Botafogo e Sport representam as dezenas de outros que são administrados de forma amadora e sem bons gestores profissionais.

A derrota do Coritiba na noite da última sexta-feira frente ao Oeste, foi sem dúvida o gatilho disparado para provar que sem uma boa gestão, o futuro é o inferno.

A gestão profissional em nosso esporte não foi implantada de forma efetiva, e os clubes ao contratarem os gestores procuram pessoas de outras áreas, muitas vezes amigas dos seus dirigentes, e que não conhecem a profundidade de um planejamento esportivo. Batem com as caras no poste.

Por outro lado os cartolas embutem um temor de passar para um profissional as atividades do clube, tendo em vista que ao realizar um bom trabalho iria ofusca-los. Adoram entrevistas. Estudam com os fonoaudiólogos para que possam emitir uma voz que se destaque ao falarem com jornalistas.

Poucos clubes estão bem servidos nesse setor, a maioria é no improviso, e sempre com o mando do dirigente, que tem a síndrome da melancia no pescoço para aparecer.

Um pensador inglês do século XVII, James Harrington, escreveu a seguinte frase: O que não se pode controlar, não se pode medir¨.

O filósofo nos idos de 1600 retratava uma realidade patente que poderia ser muito bem aplicada no mundo moderno, e, em especial aos esportes, principalmente os seus gestores.

O que não se pode controlar certamente é uma demonstração que as funções são assumidas por pessoas que não conhecem do assunto e, portanto, não possuem as condições de medirem o tamanho ou a profundidade do que é gerenciar uma atividade, seja ela qual for.

O gestor esportivo tem que ter a noção de como planejar a vida do seu clube, com base científica e com métodos de administração, pois não basta que se passe o dia todo a seu serviço, que no final se não tiver a devida competência, a soma dos resultados positivos será muito pouca para o que se deseja alcançar.

Os maiores exemplos estão em clubes com problemas financeiros, e o Santos é um caso emblemático, passando de uma entidade de referência, para um caos administrativo e financeiro, sendo obrigado a vender os seus jovens talentos, mostrando que lhe faltou um planejamento.

O dirigente é um amador, na maioria das vezes um bom torcedor de arquibancada, e tona-se irracional no trato das coisas do seu clube, enquanto o gestor esportivo é o inverso, ou seja, sem paixão, e com razão, sabendo aplicar os mecanismos que aprendeu nos bancos escolares com prática de suas utilizações.

Dirigente não é para contratar treinador ou jogador, e sim referendar a capacidade financeira do clube para que isso aconteça. Se tal fato acontecesse na realidade, não teríamos tantas contratações em uma só temporada, por serem feitas de maneira açodada, e muitas vezes para o atendimento de empresários interessados, ou para dar um lustro a sua vaidade.

Os esportes precisam de profissionais competentes para gerencia-los, principalmente que saibam discernir sobre aquilo que estão administrando.

Um bom gestor evitaria as lambanças que acontecem no dia a dia do nosso futebol, mas enquanto isso não chega, os clubes agonizam.

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