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Escrito por José Joaquim

O bom futebol é aquele em que a bola corre no gramado, com passes e finalizações ao gol bem trabalhados. Tais detalhes já fizeram parte desse esporte no país, e que foram dizimados pelos novos sistemas táticos, chamados de ¨modo avião¨, onde a bola voa de um lado para o outro.

O falecido treinador Gentil Cardoso, que faz parte de um capítulo da história do futebol nacional, tinha uma frase lapidar: ¨A bola é de couro, o couro é da vaca, a vaca gosta de grama, então joga rasteiro, meu filho¨. Nada mais inteligente para definir o conceito do bom futebol.

Assistimos vários jogos, tanto do Brasileirinho, quanto da Série B, e observamos algo que vinha sendo reduzido por conta da atuação dos árbitros voltando com intensidade, o excesso de faltas, que retornou com vigor.

O tempo de bola rolando tinha melhorado, mas retrocedeu, por conta de mais faltas marcadas, que consomem um bom tempo para serem cobradas. Tem árbitros que na cobrança de um escanteio conversam com os jogadores por mais de um minuto, que não é acrescentando no final da partida.

Por outro lado o futebol transformou-se em um octógono das lutas de UFC, por conta das bolas voadoras, que fazem parte do contexto aplicado pelos técnicos, que originam cabeçadas, cotoveladas, braços no rosto dos adversários, e na maioria dos casos o sangue correndo como acontece nessas lutas.

O mais novo equipamento esportivo no futebol é a touca de natação, para proteger a bandagem dos cortes recebidos pelos jogadores, e sendo focados pelas emissoras transmissoras do evento.  Se a bola corresse pelo gramado, nada disso iria acontecer, embora alguns carrinhos violentos estejam sendo utilizados em diversos jogos, sob os olhares bondosos dos árbitros.

No jogo entre Ceará e Bahia que foi realizado na última quarta-feira, a bola passou mais tempo no ar do que na terra.

Futebol não é luta marcial, não é boxe. Trata-se de um esporte que sempre primou pela técnica, pela beleza dos dribles, com os passes perfeitos, e hoje tem que se contentar com o que vem acontecendo, quando a violência passou a dominar, não permitindo que os atletas diferenciados possam jogar, e por isso os craques sumiram.

O jogo de futebol é lazer, é um espetáculo e tem que ser tratado como tal, e a disputa por uma vitória não deve ser motivo para tanta violência, principalmente nas bolas aéreas que fazem parte do jogo com intensidade.

Um escanteio a ser cobrado, torna-se em uma verdadeira feira de troca-troca de empurrões, e quando os atletas saltam, os braços tornam-se as armas para derrubarem os adversários.

Um esporte que era dos craques tornou-se dos brucutus. 

Comentários   

0 #2 RE: A BOLA VOADORABRUNO FONSECA 31-08-2018 12:29
Tem partidas com quase 50 bolas alçadas por um mesmo time. É o sistema citado nesse artigo. A bola á muito tempo não corre no gramado, ela voa.
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0 #1 RE: A BOLA VOADORACLOVIS ARRUDA 31-08-2018 11:29
JJ: Ontem assisti o jogo do Palmeiras e Cerro, e o que vi foi na realidade o que está escrito nessa postagem. O Brucutu Felipe Melo com uma voadora foi expulso os três minutos e quase liquidando o seu time.
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