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Escrito por José Joaquim

Enquanto o Brasil atravessava um bom crescimento econômico, os clubes de futebol acompanhavam essa evolução enchendo os seus cofres com altos recursos, nunca visto na história desse esporte.

Sentiram-se como os novos ricos, comprando mansões, Ferraris, iates, entre outras coisas, e deixaram de lado os seus alicerces para que o tornassem o sustentáculo para o futuro.

Hoje com as exceções de Flamengo, Palmeiras e Athletico-PR, todos estão numa arca perdida no oceano, cheia de furos esperando o naufrágio.

Vivenciamos um passado não muito remoto com as nossas equipes enfrentando as grandes do mundo e sobrepujando-as. A verdadeira seleção brasileira era imbatível e demonstrava no campo de jogo. 0 7x1 da Alemanha escancarou a sua realidade. Hoje os nossos clubes representam a decadência desse esporte quando disputam a Copa Sul-Americana e Libertadores e são derrotados por rivais de pouca expressão.

Na verdade eles evoluíram e nós regredimos. Quando o dinheiro era mínimo, o futebol era o máximo, e quando o dinheiro foi o máximo, o futebol tornou-se mínimo. Uma contradição.

A decadência é sem duvida um produto da má gestão, da falta de um planejamento, da corrupção entranhada no sistema, e isso tornou-se um ciclo vicioso, que delimitou inclusive a manutenção de talentos, que muito cedo vão para a Europa. 

O futebol brasileiro está situado entre os piores modelos de gestão no processo econômico nacional. São administrados muitas vezes com paixão, faltando-lhes gestão, eficiência e transparência.

O protecionismo governamental foi o fator que criou as condições para a decadência, quando protegeu a ineficiência, ao fechar os olhos para os endividamentos, criando mecanismos para as suas quitações, que muitas vezes não foram cumpridas.

Timemania, Ato Trabalhista, Refis I e II e Profut, fazem parte desse contexto.

Quando passava a mão nas suas cabeças, estava criando um modelo de gestão perdulária, com gastanças acima da realidade, sabendo que no final o poder central iria socorrê-los. Agora o Congresso está preparando mais uma dessas benesses, que irá incentivar o sistema de parasitagem.

Não precisa ser mestre em economia para saber que o protecionismo é um gerador da ineficiência, já que os clubes sabiam que não seriam penalizados, e continuaram com os mesmos procedimentos, e com isso perdendo a qualidade e apequenando o seu futebol.

Esse somatório, com dirigentes amadores e despreparados, alguns poucos éticos, atletas com pouca bola e considerados craques, técnicos com pouca formação, e o protecionismo, só poderia levar o futebol para o atual patamar, com uma decadência originada por uma má gestão.

O resto é apenas conversa fiada, de quem não conhece do assunto. 

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