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Escrito por José Joaquim

O futebol não é uma ciência exata como a matemática, mas tem a sua lógica e previsibilidade que são apontadas pelos seus números, daí a necessidade de que todo clube profissional tenha um setor específico para tal.

Um campeonato longo como o Brasileirinho, de pontos corridos, pela sua história tem altos e baixos, e os times que tiverem estabilidade no gráfico da pontuação, terão sucesso no final da competição.

O caso do Sport é emblemático, quando o clube teve alternâncias nos aproveitamentos nas 12 rodadas no período pré-Copa.

Nas quatro primeiras partidas somou 7 pontos (58,33%), manteve estabilidade nas quatro seguintes (5ª a 8ª), com os mesmos 7 pontos (58,335), e caindo nas últimas quatro (9ª a 12ª), embora tenha chegado à segunda colocação por conta da gordura que tinha absorvido, o seu aproveitamento nesse último período antes da Copa teve a soma de 5 pontos, com uma queda de aproveitamento para 41,66%.

Foi uma sinalização de que poderia rolar na ladeira, fato esse que aconteceu.

Na paralização de 42 dias por conta do Mundial, o rubro-negro poderia ter recolocado o trem nos trilhos, mas o setor técnico não deve ter recebido os seus números anteriores que faziam piscar o alerta amarela.

Os responsáveis ficaram entusiasmados com um bom momento que tiveram e deixaram o time apenas com treinos secretos que não deram em nada.

No recomeço após a Copa, nos seus nove jogos conquistou apenas 1 ponto (3,7%). Foi um grave erro, com os reflexos atuais.

Quando um ser humano aparece com um resfriado, para combate-lo toma um remédio. Se agravar segue para o tratamento médico, e se não der resultado de imediato o caminho é o dá internação, quando a cura é procedida.

Isso aconteceu com o Sport. Começou com um resfriado, deram-lhe uma aspirina, não melhorou, tentaram com uma consulta médica para recupera-lo e, não deu certo, mas esqueceram de interna-lo, e hoje a pneumonia está com dificuldades para ser combatida.

A única atitude foi de demitir o treinador Claudinei Oliveira, que de nada adiantou.

Moral da história: Futebol é para profissionais, e não para amadores apaixonados.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O FUTEBOL PERDEU O BOM NÍVEL

* O atual futebol brasileiro tem a cara das torcidas organizadas, que existem apenas para a provocação da violência.

O reflexo disso se dá na cartolagem, que passa o tempo trocando provocações deixando de lado o que é mais importante, a harmonia entre os clubes com os mesmos propósitos visando a evolução desse esporte.

Hoje um presidente de um clube não pode ingressar na sede de um rival, que poderá sofrer agressões de torcedores menos avisados.

Um fato que comprova tal fato  é um vídeo que está correndo pelo Brasil, em que aparece Andrés Sanchez, presidente do Corinthians sendo intimidado por alguns Conselheiros do Palmeiras numa festa do clube. Teve que retirar-se do recinto. 

O cartola corintiano tinha sido convidado pelo alviverde para a sua festa de aniversário, e atendeu o chamamento numa atitude educada e de respeito para uma entidade de tradição centenária.

Por conta de tais arbitrariedades é que o esporte da chuteira no Brasil, faz parte do ¨Bloco do Eu Sozinho¨, do cada um por si.

Somos de uma época que também aconteciam rivalidades entre os clubes, mas o respeito era muito grande entre os dirigentes. Era um período em que a educação existia no país.

Nas posses de diretorias, dos aniversários dos clubes, os dirigentes das outras agremiações compareciam e eram bem recebidos. Era a era da civilidade, hoje vivemos a da imbecilidade. 

Quando dirigimos o setor de futebol do Sport, no sábado, antes de um clássico, almoçávamos com os dirigentes da equipe que iriamos enfrentar no dia seguinte.

Quando uma delegação de um time chegava ao Recife para um jogo, sempre tinha uma pessoa da equipe adversária para recebe-lo, e sempre acontecia um almoço ou jantar de confraternização.

Hoje o que vemos são fogos atirados na madrugada para interromper o sono dos atletas, de uma babaquice total, e a ausência de um bom atendimento aos responsáveis pela delegação.

A nossa sociedade degradou-se e isso influenciou no futebol, quando não se faz paredros como antigamente.

Lamentável.

NOTA 2- O RESERVA DE CARLOS HENRIQUE SENDO CONTRATADO PELO SPORT

* Não sabemos quem indica o jogadores para serem contratados pelo Sport, mas temos uma certeza de que esse não tem ideia do que acontece no Brasil afora.

Ontem lemos uma noticia no jornal Gazeta do Povo de Curitiba, que o rubro-negro estava contratando Safira, e mandando de volta Carlos Henrique, aquele goleador que foi sem nunca ter sido.

Safira foi uma revelação que não vingou. Chegou a jogar na Itália em um clube da segunda divisão, mas não brilhou.

Depois disso atuou no Foz de Iguaçu, Londrina, Almirante Barroso, Londrina, Grêmio Novorizontino e retornou ao time paranaense, que está utilizando-o algumas vezes no segundo tempo.

Passou por nossa cabeça uma pergunta para ser feita aos dirigentes do Sport: Como um reserva de um jogador que nada mostrou nas suas atuações com a camisa do rubro-negro, poderá ser útil no Brasileirinho?

Não tem vaga sequer em uma equipe que luta contra a degola, para ser a salvação da lavoura do time da Ilha do Retiro é algo estranho.

Deve ser uma jabuticaba em um sapotizeiro.

O Sport tem nas mãos um jogador que está em nosso estado, que poderia resolver o problema de seu ataque, Ortigoza, do Náutico, que terá o resto do ano livre.

Temos a convicção que esse é melhor do que o atleta paranaense.

São coisas do futebol de Pernambuco.

NOTA 3- O NORDESTE É DA SÉRIE C

* O Nordeste pela segunda vez em 10 anos não colocou um clube na Série B.

Náutico, Santa Cruz e Botafogo-PB  foram eliminados nas quartas de final da Série C. Por conta dessas permanências, essa divisão já tem garantido nove clubes do Nordeste, quase 50% dos participantes.

O número poderá aumentar com uma possível queda do Sampaio Correa da Série B, quando completará a 10ª vaga.

Nos apequenamos.

Nessa temporada o número de nordestinos na Série B foi o menor de sua história, com apenas quatro clubes, e com dois desses com chances do acesso à divisão maior, reduzindo a conta para dois, que poderá voltar a ter a mesma quantidade por conta do Sport, Ceará e Vitória, que estão sendo perseguidos pela foice do carrasco.

Quanto a Série A, mesmo que a região possa perder dois clubes, pelo andar da carruagem a reposição será igual, com a presença do CSA e Fortaleza.

Na verdade no decorrer dos anos a região foi sendo trucidada e com pouco espaço para as duas maiores divisões, fato esse que tende a aumentar.

Somos da Terceirona.

NOTA 4- UM FUTEBOL PSICODÉLICO

* O futebol brasileiro além de surreal vem tornando-se psicodélico por conta de seus procedimentos.

Na Série A, a dança das cadeiras já engoliu 19 treinadores em 21 rodadas, um recorde mundial.

Enquanto isso a cartolagem da Série B resolveu imitar a da Divisão maior, completando uma queda de 20 treinadores, em 23 rodadas.

A última aconteceu na noite de ontem, quando Dal Pozzo, técnico do Brasil de Pelotas dançou uma bela música gaúcha.

Treze clubes fizeram a festa:

CRB- 2 

CORITIBA-2,

BOA- 2,

SAMPAIO CORREA- 2,

LONDRINA-2,

PAYSANDU-2,

BRASIL DE PELOTAS-2

AVAÍ- 1,

GOIÁS-1,

CRICIÚMA- 1,

PONTE PRETA-1,

SÃO BENTO-1 e,

JUVENTUDE-1. 

Uma farra e folia. A cartolagem gosta de uma dança.

NOTA 5- O BAHIA VENCE A PRIMEIRA PARTIDA COMO VISITANTE

* O futebol brasileiro é tão aloprado que o Brasileirinho já fechou a  21ª rodada, e na noite de ontem realizou os dois jogos da 15ª que foram adiados.

Obvio que não existe explicação para essa desorganização.

O Bahia visitou o Ceará e conseguiu a sua primeira vitória como visitante, em uma partida sem a menor qualidade técnica, com um placar de 2x0.

Com esse resultado o tricolor baiano atingiu 25 pontos, abrindo 4 pontos para a Chapecoense que é a primeira colocada na zona da degola. Os cearenses chegaram à quinta rodada sem vitória, mantendo-se na penúltima colocação.

O primeiro tempo do jogo terá que ser esquecido por conta de sua pobreza franciscana. Com raros lances de perigo. Na única oportunidade que surgiu, o Bahia abriu o marcador aos 27 minutos.

No segundo tempo o time do Ceará desesperado foi mais agressivo, mas  a defesa do adversário parava todas as tentativas de chutes ao gol. Teve chances de empatar com um chute de Richardson aos 30 minutos.

O tricolor baiano retrancou-se e ficou na espera de um erro do adversário que apareceu aos 41 minutos finais. Um jogo insosso e que mostrou a realidade desses dois clubes.

O outro jogo foi realizado na Arena da Baixada entre o Atlético-PR e Vasco, e foi bem diferente do que aconteceu no Presidente Vargas.

Uma partida intensa, com os dois times procurando o gol, com muitas chances perdidas para ambos.

Desde o inicio do jogo o Furacão assustava a equipe carioca com a bola aérea. Os ataques não funcionavam, mas o do Atlético foi mais eficaz, e quando teve a sua oportunidade colocou a bola nas redes do adversário.

O ataque vascaíno sem Maxi López perdeu a sua capacidade, e jogou por fora muitas das chances que surgiram.

Foi um jogo sem brilhantismo técnico, mas bom de ser assistido pela vontade de jogar dos dois times.

O Atlético marcou a sua terceira vitória seguida e afastou-se da zona da degola, que está ficando restrita à poucos clubes.

Pela Copa Libertadores o Flamengo derrotou o Cruzeiro por 1x0, mas o placar foi pouco para permanecer na competição. O mesmo se deu com o Corinthians ao derrotar o Colo-Colo do Chile por 2x1, que não serviu para leva-lo à fase seguinte.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ¨SÃO COISAS DO FUTEBOL BRASILEIRO !!!¨ 

* Infelizmente não tivemos o devido conhecimento do falecimento do jornalista Edvaldo Morais na noite da segunda-feira.

Fomos avisados por um amigo mas o telefone estava carregando e só conseguimos ler essa dura notícia quando as postagens do blog já estavam publicadas.

Mas, antes tarde do que nunca não poderíamos deixar de reverenciar um profissional que fez história na radiofonia pernambucano, com a sua coragem e irreverência que marcaram época em nosso estado.

Edvaldo era engenheiro de formação, profissão que nunca exerceu, dando a preferência ao rádio que era  sua eterna paixão. Trabalhou nas diversas emissoras, consagrou-se por introduzir um plantão esportivo da mais alta qualidade e audiência.

Criador de bordões que estão vivos até hoje, e um desses sempre faz parte dos nossos artigos, o ¨São coisas do nosso futebol¨.

Nos telefonava às 05h00 da manhã quando estava na Rádio Olinda para uma entrevista diária sobre diversos assuntos, em especial do futebol, quando o atendíamos com o maior prazer por esse ser um profissional competente e  com um alto padrão de dignidade.

Suas críticas eram duras, ensejando ameaças pessoais, mas não se deixava abater.

Não podemos jamais esquecer de um telefonema que Edvaldo nos deu quando fomos convidados para a vice-presidência do futebol da Federação local, ao nos pedir que não aceitasse, desde que iria ficar tolhido de critica-la que era um dos seus pratos favoritos.

Respondemos dizendo que na hora que estivéssemos errados as criticas poderiam ser feitas, desde que estávamos na chuva para nos molharmos. Sempre nos respeitou.

Completou o seu ciclo em nossa terra, e estará certamente em um bom lugar sempre criticando e afirmando que o céu é um lugar de meia tigela que era um dos seus mais famosos bordões.

NOTA 2- A CONMEBOL ACERTOU AO PUNIR O SANTOS

* Como já tínhamos afirmado em uma postagem anterior, a diretoria do Santos foi tão amadora como uma de um time de bairro, ao não solicitar da Conmebol a situação de Carlos Sánchez logo após a sua contratação.

Pelo contrário, o escalou no jogo do 0x0 contra o Estudiantes, e por conta disso foi penalizada com a perda de pontos, com um placar de 3x0.

Nada mais correto para uma entidade que está dando sinais de que não abriga mais corruptos, que a levaram para o fundo do poço.

Na verdade o clube brasileiro errou feio ao não entrar em contato com a Federação Sul-Americana para tomar o devido conhecimento da situação do atleta. Pagou para ver, permitindo a sua escala.

A sua diretoria foi desleixada ao não tomar as devidas providências, e agora está chorando por causa do leite derramado, inclusive com alegações de que houve um complô contra o clube.

Alguns blogs da parte de baixo do mapa, estão culpando o delegado da Conmebol de não ter avisado que Sánchez não poderia jogar, algo que faz parte da teoria da conspiração.

Deveriam saber que um representante não leva uma lista com os nomes dos atletas apenados que não faz parte de sua obrigação, e por outro lado esse não tem conhecimento da relação dos atletas que é recebida por um dos auxiliares da arbitragem.

As entidades só tomam conhecimento de um fato como esse numa partida de futebol quando a súmula chega ao Departamento Técnico, que faz uma analise sobre os atletas que participaram, utilizando-se a tecnologia.

Não aconteceu nenhuma conspiração, e sim um erro grotesco de um clube que vive um momento muito delicado, com dois pedidos de impeachement do presidente por má gestão.

Uma entidade do futebol tem a obrigação de comunicar as punições dos atletas logo após os julgamentos, e nada mais. O resto depende da organização de cada agremiação, e  isso faltou ao Santos.

Segundo o cartola maior, o clube irá acionar a FIFA, o TAS entre outros órgãos.

Só não vai ao Papa por esse ser portenho.

Tudo conversa fiada para que o erro grotesco seja justificado.

Se fosse como antes a cartolagem do Circo poderia resolver, mas tudo mudou e para melhor.

NOTA 3- O OPERÁRIO MOSTROU QUE SE PODE FAZER FUTEBOL COM POUCO DINHEIRO

* O Operário Ferroviário demonstrou que se pode fazer sucesso no futebol com poucos recursos.

Há algum tempo que estamos analisando a gestão do Fantasma, e suas conquistas em apenas um pequeno ciclo. Um clube centenário que passou por problemas graves, em poucos anos conquistou três acessos e quatro títulos, sendo dois estaduais e outro nacional e um ascensão meteórica da Serie D para a Série B do Campeonato Brasileiro. Tudo isso em apenas quatro anos.

A conquista de uma das vagas para a Serie B de 2019, foi o fato mais importante dessa trajetória, mostrando que com organização é possível ultrapassar times  com maiores rendas e até tradição. 

As mídias do Paraná e sobretudo as de Ponta Grossa enalteceram a vitória do Operário perante o Santa Cruz, um clube importante do Nordeste que em 2016 disputou a Série A Nacional. No meio do caminho superou o Bragantino, Luverdense, Tupi e Joinville que até pouco tempo estavam em divisões superiores.

Procuramos saber a razão desse crescimento que está acontecendo no Fantasma, inclusive a sua folha salarial, e tomamos conhecimento que o teto salarial é de R$ 12 mil, com uma folha de R$ 550 mil que será incrementada na Série B. 

A ajuda de empresas locais, com 50 deles contribuindo com R$ 2 mil, além dos patrocínios, facilita para que a conta permaneça em dia.

A nova historia do Operário começou com o título do Campeonato estadual de 2015, frente ao Coritiba, com a decisão no Couto Pereira. Logo após essa conquista, ingressou no inferno em 2016 quando voltou para segunda divisão local.

O seu recomeço foi o título conquistado na Taça FPF que o levou à Série D Nacional de 2017, onde tornou-se campeão, que foi o ponto fundamental para o seu crescimento.

Em 2018 foi campeão da segunda divisão paranaense atropelando os adversários, e ao mesmo tempo na Serie C foi abrindo vantagem e terminou conquistando uma vaga no mata-mata no segundo lugar do seu grupo, empatado com o primeiro.

Ao derrotar com facilidade o Santa Cruz conquistou o acesso e agora irá enfrentar a luta pela conquista de mais um troféu. Um bom exemplo de como com parcos recursos financeiros, um time pode alcançar sonhos mais altos.

Um fato da maior importância, é o da manutenção do técnico Gerson Gusmão há mais de dois anos.

Um exemplo para o nosso Central de Caruaru que está hibernando em uma caverna da Serra das Russas.

NOTA 4- ¨RESTA AO SPORT NOS LIVRAR DO VEXAME¨ 

* O Coronel Vulpian Noves nos mandou uma foto da capa do Diário de Pernambuco com a seguinte manchete: ¨Resta ao Sport nos livrar do vexame¨.

Em um pequeno texto o jornal diz que¨ Frustação é uma palavra que marca o futebol pernambucano na temporada de 2018. O Náutico e o Santa Cruz bateram na trave na tentativa de acesso à Série B no último domingo. Agora só resta o Sport a missão de diminuir a mancha sobre o futebol local lutando contra o rebaixamento para a Serie B¨.

Na realidade o periódico esqueceu de outros fiascos de nossos clubes, como as eliminações precoces do Central, América e Belo Jardim, da Série D Nacional, além do rebaixamento do Salgueiro da Série C para a D.

Um ¨belo¨ ano de nosso futebol que está no fundo do poço por conta de algumas gestões desastradas que deram motivos para que os cubes rolassem á ladeira.

Infelizmente o piedoso apelo do antigo jornal pernambucano não deverá ser atendido, desde que o Velho Leão da Ilha está vivendo um dos seus piores momentos, e é um bom candidato a perder a cabeça para a foice do carrasco.

O futebol de nosso estado já faleceu, e na próxima sexta-feira na Rua Dom Bosco será realizada uma missa de Réquiem por sua alma.

O convite está extensivo para os jornalistas do nosso DP, que ainda acreditam que Papai Noel existe.

NOTA 5- A SELVAGERIA NO FUTEBOL BRASILEIRO

* O Pacaembu acobertou na noite de ontem mais uma triste cena que foi protagonizada por uma parte da torcida do Santos.

O mais estranho de tudo que nos pareceu ser premeditado, desde que as pessoas do bem não andam com bombas em um estádio de futebol.

Esses marginais foram orientados para perturbarem a partida, e conseguiram, já que essa foi encerrada aos 37 minutos do segundo  tempo, de forma acertada pela arbitragem.

Os dirigentes santistas criaram um factóide para se livrarem do erro grotesco de escalar um jogador suspenso, e jogaram para a torcida a responsabilidade de brigar.

Mais vergonho foi o que ouvirmos de alguns jornalistas considerando como compreensível essa reação da torcida, jogando a culpa de tudo na Conmebol, que agiu de forma correta.

Como pode ser compreensível o lançamento de bombas no gramado? Como pode ser compreensível a tentativa de invasão? Só mesmo em cabeças medíocres, que não sabem o que é alho ou o bugalho.

O jornalismo esportivo do Brasil está destruído por uma parcialidade que cega seus componentes, e sempre chamando a sardinha para a sua brasa. Se fosse o contrário, com o Independientes sendo punido, qual seria a reação?

O Santos deveria ter uma suspensão pelo menos por dois anos de participar de qualquer competição Sul-Americana por algo que vai manchar a sua história que é rica em conquistas.

O empate de 0x0 deu ao clube portenho o direito de passar para as quartas de final,  com o time brasileiro sendo eliminado.

O Pacaembu foi palco de mais uma triste página de um futebol que apodreceu em todos os seus segmentos. A cara real do atual Brasil.

No outro jogo da noite, o time do Grêmio jogando em casa sofreu para ganhar do Estudiantes da Argentina, que terminou na cobrança de pênaltis.

Até os 47 minutos do segundo tempo o tricolor gaúcho conseguiu marcar o gol da vitória empatando no agregado. O time portenho é praticamente um sub-23, e sustentou o resultado, mas os Deuses do Futebol estiveram com a equipe gremista que teve o domínio total da  partida, mas não conseguia marcar o gol.

As bolas alçadas na área do Estudiantes bateu um recorde mundial.

Foi uma vitória na bacia das almas.

Escrito por José Joaquim

As estatísticas são fundamentais para o estudo analítico do futebol, como para outros segmentos. Os números são reais e imutáveis e dão o caminho para o entendimento do futuro.

Com o encerramento do turno do Brasileirinho fomos buscar à partir de 2006 as classificações da zona do rebaixamento, e encontramos algo bem consistente desde que dos 48 clubes que estavam nesse setor, 17 desses conseguiram escapar (35,4%), que é um percentual abaixo do razoável, mas que produz um bom alento para aqueles que brigam hoje contra o carrasco da degola.

Verificamos que em apenas um ano (2012), os quatro times que estavam nessa zona perigoso foram rebaixados.

Em cinco campeonatos três que estavam no Z4 foram degolados no final do ano, enquanto por seis anos dois não conseguiram escapar.

FINAL DO TURNO  

2006-   Goiás -21 pontos,  Corinthians 20. No returno o time goiano somou 34 pontos, e o alvinegro paulista, 33. Caíram o Fortaleza e Santa Cruz,

2007- Atlético-PR- 22 pontos e Náutico 20, fugiram do carrasco, somando na fase final 32 e 29 pontos respectivamente. Foram rebaixados o Juventude e América-RN,

2008- Santos- 17 e Fluminense- 16 recuperaram-se, conquistando 28 e 29 pontos respectivamente. O descenso foi para Vasco e Ipatinga,

2009- Fluminense- 15 pontos, fugiu do carrasco, somando na segunda fase, 31 pontos. A degola bateu no Náutico, Sport e Santo André,

2010- Atlético-MG- 17 pontos e Atlético-GO- 17, somaram 28 e 24 pontos respectivamente, permanecendo na Série A, enquanto Barueri e Goiás dançaram,

2011- Atlético-PR- 18 pontos, fugiu do inferno ao conquistar 30 pontos no returno. Foram para a Série B, Avaí, Atlético-MG e América-MG,

2012- Uma tragédia completa, com Palmeiras, Atlético-GO, Sport e Figueirense perdendo as suas cabeças,

2013- Apenas o São Paulo escapou, tinha 18 pontos, conquistou 32 na parte final. Caíram, Portuguesa, Ponte Preta e Náutico,

2014- O Coritiba com 17 pontos no turno, somou no returno 30 e escapou da degola. Foram ceifados, Criciúma, Bahia e Vitória,

2015- Mais uma vez a fuga do Coritiba, com 18 pontos no turno, somou 26 no returno fugindo do inferno, deixando nesse fogo, Goiás, Joinville e Vasco,

2016- Botafogo que terminou a primeira fase com 20 pontos, com um jogo a menos, fez uma espetacular campanha de recuperação obtendo 39 e Cruzeiro que tinha 19 obteve mais 32, permaneceram na divisão maior, enquanto Santa Cruz e América-MG dançaram,

2017- São Paulo com 19 pontos, somou 31 no returno e, Vitória que tinha também 19, obtiveram na segunda perna da competição, 31 e 24 pontos respectivamente, deixando Avaí e Atlético-GO na Série B.

São detalhes que devem ser estudados por aqueles que estão no precipício ou junto à esse, para que possam programar as suas recuperações, mas para que isso aconteça é necessário que exista uma entrega de todo o elenco, fato esse difícil de acontecer no Sport.

Escrito por José Joaquim

Entra ano e sai ano e a choradeira no futebol brasileiro continua, e agora contando com a presença de várias carpideiras profissionais para chorarem pelo leite derramado.

Mais uma vez as reclamações dos dirigentes, treinadores e afins sobre a convocação da seleção do Circo para amistosos mequetrefes, levando jogadores que estão atuando no Brasileirinho que não irá parar.

Choros e reclamações nada resolvem, desde que a atitude deveria ser tomada há muitos anos não aconteceu, com relação ao maldito Calendário do futebol brasileiro. O sistema é pernicioso e prejudicial para os clubes.

Um exemplo bem recente afetou o nosso estado com a eliminação de três clubes da Série C, Salgueiro na fase de grupos, sendo inclusive rebaixado para a D, Santa Cruz e Náutico nas quartas de final, e que irão hibernar por 90 dias sem jogos, e sem recursos para as suas manutenções.

Como esses existem centenas de agremiações dormindo em algumas cavernas.

Como o futebol do Brasil poderá evoluir quando a própria entidade que o administra o está destruindo? A legislação esportiva determina que o ano futebolística tem que ter 10 meses de atividades para os clubes. Tal Lei ficou no papel e não é obedecida.

O nosso calendário segue na contramão da história, sendo o inverso do europeu, e de alguns países Sul-Americanos. Esse modelo permite a paralização dos jogos nas datas FIFA, para que sejam evitados prejuízos para os times.

O Brasileirinho está em pleno andamento, já na sua segunda fase, e os clubes terão que disponibilizar atletas para que possam atender a seleção circense. Um grande retrocesso.

Um modelo idiota, feito por apedeutas de carteirinhas.

Sabemos que a emissora de televisão que monopoliza os direitos de transmissão das diversas competições é contrária à adaptação do calendário nacional ao do mundo, para não complicar a sua grade de programação.

Ao ponto em que chegamos, o nosso futebol depender de uma grade, quando deveria haver grades para colocar muita gente que nele convive e que mereciam estar por trás dessas.

Com o calendário de forma universal as datas seria iguais, só os meses diferentes, e com isso não teríamos choque de competições, que obriga aos clubes a utilizarem times alternativos no campeonato maior do país, e em especial com os amistosos mequetrefes que só servem para encher as burras do Circo e dos agentes.

Não entendemos essa barreira, esse ódio à mudanças, desde que a universalidade de um calendário criaria mecanismos profundos para uma melhor temporada para jogos amistosos em diversos torneios no exterior, que fazem falta aos clubes, e em especial aos nossos atletas para o amadurecimento tão necessário na profissão.

O futebol brasileiro necessita distribuir de forma racional as suas datas, enxugando ou eliminando os falidos estaduais que poderiam ser substituídos por uma Série E regionalizada.

Lamentável é a passividades dos clubes que constituem a parte mais interessada na cadeia do futebol nacional, que ficam submissos a um comando sem credibilidade e que está enterrando o que resta desse esporte em nosso país.

As mídias também são omissas, e mesmo percebendo o que acontece enfiam as cabeças na terra como avestruzes humanos.

Ou mudamos ou vamos continuar aplaudindo a autofagia de um calendário que abandona clubes no meio do caminho, e ouvido o choro das carpideiras em torno de um leite derramado.

Obvio que não somos uma Ilha para ficarmos isolados no futebol mundial, como se fossemos os únicos inteligentes do mundo.

Lamentável