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Escrito por José Joaquim

O futebol brasileiro perdeu a sua credibilidade por conta do Circo do Futebol Brasileiro (CBF) que o comanda, e por tal motivo sempre somos questionados se esse esporte ainda tem pessoas de bem.

Nem tanto o céu, nem tanto o mar.

Sabemos que existe um desconforto entre os torcedores com relação a sua cartolagem, que foi muito bem definida pelo jornalista Gilmar Ferreira, do jornal Extra-RJ quando afirmou que: ¨o cartola brasileiro segue sendo representado por híbridos que nascem do cruzamento de políticos amadores com espertalhões profissionais¨.

Na realidade todos os segmentos tem o seu lado bom, e o seu lado ruim, exigindo assim a participação de pessoas sérias, que sem essas a desqualificação irá tomar conta, e mais espertalhões irão assumir o poder.

Na realidade, as gestões do trio, Ricardo Teixeira, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero foram destruidoras para os conceitos positivos do futebol.

Existe uma cadeia que parte de cima, passando pelas federações estaduais e que chega aos clubes, com vários modelos de gestões desprovidas de transparência, cujas caixas pretas não são abertas. A cartolagem pinta e borda.

Em um clube o sócio é a mola propulsora para lutar pela seriedade e dignidade entre os gestores. Eles formam o colégio eleitoral, que poderá mudar o sistema implantado, muito embora a maioria dos casos os casuísmos interferem no processo, sempre ao lado do poder dominante. Para que isso aconteça, e que o clube seja entregue em boas mãos, existe a necessidade de uma leitura real daquilo que representam os postulantes aos cargos, em especial a ficha limpa.

Infelizmente os associados são entes alienados ao que acontece no dia a dia o seu clube. 

O crescimento dos esportes está interligado à seriedade daqueles que o dirigem. Quanto menos conceito, mais dificuldades para a obtenção do grau de confiabilidade.

Qual a empresa que deseja investir em um clube, onde os dirigentes são pessoas que não levam a sério o setor, inclusive com vidas privadas atabalhoadas?

Obvio que existem pessoas do bem envolvidas no sistema, muito embora hoje essas representam uma minoria, desde que o abandono foi muito elevado em função dos procedimentos do atual futebol brasileiro, em que a sociedade desistiu de lutar contra moinhos de vento.

É um caso de uma maioria gigantesca, sendo derrotada por uma minoria que usa o poder para tudo, com métodos não institucionais.

Tais fatos se repetem em todos os setores da sociedade, com pessoas desiludidas, como no futebol, e que deixam o poder muitas vezes em mãos que não merecem confiança. Trata-se sem duvida de um erro grave, desde que o lado bom teria condições de proceder com as modificações necessárias.

A responsabilidade das mudanças está em nossas mãos, e para que isso aconteça torna-se necessário coragem para enfrentar uma máquina poderosa que domina o futebol brasileiro, mas isso só poderá acontecer se houver a concentração de esforços do bem, para que as muralhas do mal sejam derrubadas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA VITÓRIA MINGUADA 

* O Santa Cruz perdeu a chance de chegar no jogo da volta em Ponta Grossa com um placar mais elástico.

Teve tudo no primeiro tempo para fazer pelo menos mais dois gols, desde que as chances apareceram e não foram aproveitadas.

O Operário retrancou-se nessa etapa para garantir o empate, quando sofreu um gol de falta. No segundo tempo o jogo mudou, e o time de Ponta Grossa voltou a jogar o seu bom futebol, partindo para cima do adversário e com chances de empatar.

Um bom jogo para quem o assistiu, mas o placar minguado não pode garantir a classificação do tricolor, desde que o Fantasma jogando em casa é favorito. Para que se tenha uma ideia os seus jogadores no final da partida comemoraram o resultado.

O Santa Cruz terá que montar uma estratégia para o jogo de volta, para conter o Operário, desde que um empate lhe favorece. Colocar os pés no chão e derrotar o favoritismo do adversário, será a sua missão.

Em João Pessoa aconteceu a repetição do jogo do Arruda, quando o Botafogo-PB poderia ter resolvido a partida no primeiro tempo não o fez, mas conseguiu o seu gol da vitória no segundo, quando o tricolor de Ribeirão Preto dominava a partida.

Da mesma forma que aconteceu com o Santa Cruz, a equipe paulista é favorita jogando em casa, mas o Belo irá atuar na volta com a vantagem de poder empatar, que vale muito em uma partida de futebol.

Um ponto que deve ser destacado nos três jogos realizados, é que as vitorias foram dos times mandante, com o Bragantino com uma maior folga. 

NOTA 2- O CALENDÁRIO PODERÁ DEFINIR O TÍTULO DO BRASILEIRINHO

* Um bom levantamento realizado pela ESPN mostrou que nos últimos cinco anos, quatro dos campeões brasileiros tiveram um calendário menos concorrido com relação aos seus adversários.

Tal consolidação poderá ajudar o São Paulo, Internacional e Atlético-MG, que até o final do ano só terão o Brasileirinho como competição a ser enfrentada.

O Flamengo e Palmeiras enfrentarão três torneios pela frente e o Grêmio dois.

Por conta disso, o tricolor paulista somará 28 partidas para encerrar o seu semestre, enquanto o Colorado e o Galo Mineiro terão 26.

Por outro lado o Grêmio poderá enfrentar 34 encontros, e Flamengo e Palmeiras 38.

Uma diferença grande entre esses competidores. Enquanto os três clubes que estão focados em uma única competição, com menos desgaste e sem a necessidade de times alternativos, os outros três irão enfrentar um circuito de jogos, e por conta disso irão utilizar equipes reservas, concedendo uma vantagem para os adversários.

Mais um problema para ser colocado na conta do maldito calendário, e de uma entidade que só cuida da sua vaca leiteira, que é chamada de seleção.

NOTA 3-NA MATINAL O FURACÃO VARREU O URUBU, E OS DEUSES FORAM MALDOSOS COM O PARANÁ

* A matinal do Brasileirinho teve dois bons jogos. Na Baixada o Atlético-PR recebeu a visita do Flamengo, e com 21 minutos de jogo já tinha um placar favorável de 3x0.

O Furacão arrastou com sua força o Urubu. O primeiro tempo do rubro-negro paranaense foi avassalador, deixando o rival atordoado. Fez o seu melhor jogo da temporada.

Na segunda etapa por conta de algumas substituições, o rubro-negro da Gávea melhorou, mas a partida ficou equilibrada, e com chances maiores para o Atlético, inclusive com duas bolas na trave.

Um jogo que foi bom de ser assistido, e que mostrou as fragilidades da defesa do Flamengo, e que poderá incrementar uma crise.

Enquanto isso, os Deuses do Futebol foram maldosos com o Paraná, que fez uma partida taticamente brilhante ao segurar o Internacional e, nos 52 minutos do segundo tempo sofreu um gol através de uma falta bem cobrada por Camilo.

O público foi recorde no Beira-Rio com 45 mil torcedores. 

O jogo foi truncado por conta da marcação do time paranista, sem violência e chegando algumas vezes na meta do Colorado.

O empate seria justo, mas os Deuses pregaram uma peça quando aprumaram as chuteiras de Camilo que marcou um belo tento.

Na realidade o time que ¨Come Quieto¨ está fazendo uma campanha brilhante, com a maior pontuação no primeiro turno de sua história.

O mais interessante de tudo, é que o herói do jogo é perseguido pelos torcedores do clube, que o aplaudiram de pé após o seu final. 

A mão que afaga é a mesma que apedreja.

São coisas do futebol.

NOTA 4- A INIGUALÁVEL SÉRIE B

* Sem a presença de algum clube chamado de grande, a Série B da temporada é a melhor de sua história, com 10 times com chances de conseguir o acesso.

Algo que não tínhamos visto em anos anteriores.

A diferença do Goiás, 4º colocado para o Coritiba (10º), é de apenas 5 pontos, e de 3 para o Figueirense (9º).

Onze clubes já estiveram no G4, mas o Fortaleza desde a segunda rodada tornou-se participante desse grupo, liderando a competição desde a 8ª rodada.

A campanha do tricolor do Pici é impressionante. Tem 43 pontos conquistados, distando de 10 para o 5º o Avaí. Com mais 7 vitórias entre as 17 partidas que terá pela frente atingirá a pontuação do acesso.

Outro clube que vem mantendo uma grande performance é o CSA que entrou no G4 na 4ª rodada, e na vice-liderança desde a 14ª. Devemos destacar que o time alagoano como o cearense, vieram do acesso da Série C.

Uma campanha de recuperação sensacional é a do Goiás, que passou 10 rodadas na zona da degola, e que a partir da 12ª, conseguiu 7 vitórias e 2 derrotas, chegando a 4ª posição.

O futebol goiano tem dois clubes entre os quatro do grupo do acesso. Além do alviverde, o Atlético-GO está na 3ª colocação.

Outro fato que mostra o equilíbrio dessa competição, está entre os clubes que estão fora do TOP 10, desde que a diferença do 11º, Oeste, para o 17º, Brasil de Pelotas, que é o primeiro da zona de rebaixamento é de apenas 4 pontos. Todos estão colados como no grupo maior.

Já assistimos vários jogos dessa divisão, e verificamos que a entrega dos participantes é tão grande que não temos a menor duvida em afirmar, que muitos desses são mais empolgantes do que alguns da Série A.

NOTA 5- OS CLUBES DEVEDORES E A FIFA

* Vários clubes brasileiros negociam jogadores no exterior, e não cumprem com os pagamentos estabelecidos, e por conta disso são denunciados à FIFA pelas partes interessadas.

O Cruzeiro é um dos maiores devedores no exterior, com quase 90 milhões de débitos que estão sendo cobrados junto ao órgão que administra o futebol mundial, que já o citou.

O cerco está sendo fechado, e as agremiações que estão com denuncias sendo analisadas pela entidade estão recebendo as primeiras cobranças.

Estão em vigor as novas regras para aqueles que infringirem o artigo 64 do Código Disciplinar da FIFA que pune quem tem débitos com treinadores, jogadores e clubes, sendo esses últimos com relação as transferências.

Segundo o site da entidade na última semana quatro clubes já foram punidos, com multas, perdas de pontos, entre outras coisas.

Os caloteiros irão dançar.

NOTA 6- FINAL DO TURNO COM O SÃO PAULO NA LIDERANÇA

* Os cinco jogos que foram realizados na tarde/noite de ontem mostraram a diferença gritante entre alguns clubes, e com o São Paulo terminando o turno na liderança com 41 pontos, a sua maior pontuação na era dos pontos corridos.

O Flamengo que era o maioral caiu para a terceira posição com os mesmos 37 pontos.

O melhor jogo foi o do Cruzeiro x Bahia, quando mais uma vez o tricolor baiano voltou a jogar um bom futebol. O placar de 1x1 foi  justo. Aliás  a equipe da Boa Terra é a única do Nordeste que está distante do fogo do inferno.

Enquanto isso no Rio de Janeiro o Botafogo foi goleado pelo Atletico-MG que não precisou jogar para fazer o resultado. A diferença entre os elencos tem a mesma distancia da Terra para a Lua.

O alvinegro carioca só tem uma missão nesse Brasileirinho, a de lutar contra a degola. O time é bem fraco.

No Barradão, em Salvador, o time do Palmeiras não precisou de um maior esforço para golear o Vitória pelo placar de 3x0. A diferença do alviverde para o rubro-negro é a mesma da Terra para o planeta Marte.

Com essa derrota da equipe baiana, o Sport garantiu-se por mais uma rodada fora da zona da degola.

Um jogo insosso, sem nenhuma inspiração foi o do América-MG e o Fluminense. O placar de 0x0 fala por tudo.

Finalmente com o estádio do Morumbi com mais de 40 mil pagantes, que mereciam um melhor jogo, o time do São Paulo fechou o turno na liderança ao derrotar a Chapecoense pelo placar de 2x0.

Na verdade o tricolor mereceu vitória mas a partida foi fraca, sem qualidade e com poucos chances de gol.

A rodada termina hoje com o jogo entre o Vasco x Ceará, que pelo que ambos estão apresentando na competição, será mais uma pelada profissional. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SPORT RESSUSCITOU MAIS UM MORTO

* O Sport tem a síndrome do ressuscitador. Quando um time está na padra uma visita do Leão o traz de volta à vida.

Ontem na Vila Belmiro mais uma derrota, desta vez acachapante pelo placar de 3x0, que deveria ter sido de 4x0 por conta de um gol legitimo de Gabriel que foi anulado pelo auxiliar, aceito pelo árbitro do Coronel, Dewson de Freitas.

Apesar do placar o jogo foi uma tragédia grega onde todos morrem no fim, vencidos e vencedores.

O time santista é ruim, mal organizado, mas encontrou o pior time da história do futebol do rubro-negro da Ilha do Retiro. Magrão é o único que sobra de um elenco que deveria ser vendido por R$ 1,00 em um site de compras.

A defesa do Sport é grotesca, leva gols banais por falta de marcação, o meio de campo não existe e o ataque é ridículo. De tanto correr atrás da bola, Hernane Brocador, caiu com câimbra.

Eduardo Baptista que brinca de ser treinador, é aquele que foi sem nunca ter sido, resolveu mudar deixando Felipe Bastos no banco de reservas, que apesar de ser fraquinho, é bem melhor do que Ferreira, a maior descoberta de Arnaldo Barros, que de gestão de clube entende tanto, como nós sabemos de energia nuclear.

Quando o time mostrava alguma melhora por conta da mediocridade santista, Rogério que corre olhando para o chão como um touro, pediu para ser expulso.

Do outro lado o comandante Cuca que pode ser mestre de cozinha, mas para técnico de futebol falta muito, deixou Rodrygo no banco, e esse só entrou em campo por conta da torcida. A sua presença virou o jogo, inclusive marcando o segundo gol.

Após o fim da rodada com os jogos de hoje, certamente o velho Leão estará na zona da degola de onde não sairá até o fim da competição.

Lamentável, o Sport não merece uma diretoria como essa.

NOTA 2- O CAVALO PARAGUAIO E O NÁUTICO

* O Náutico complicou a sua vida por conta da derrota de 3x1 para o Bragantino, no primeiro jogo do mata-mata que irá definir os quatro clubes que terão o acesso para a Série B Nacional.

O placar foi injusto para o time da casa que mandou no primeiro tempo e perdeu muitas oportunidades. O alvirrubro foi um time insosso, amorfo, sem a menor iniciativa. A defesa tremia com a bola aérea, e essa entrava na sua meta. Jogou pouco futebol, diferente de alguns jogos na fase de grupo.

No segundo tempo o Náutico melhorou um pouco, marcou o seu gol, que trouxe alguma esperança para o jogo de volta. Apesar da melhora o Bragantino perdeu duas chances de ampliar o marcador.

Obvio que a diferença de dois gols pode ser tirada, mas se a equipe de Bragança Paulista atuar como o fez ontem, será difícil para o alvirrubro reverter o resultado.

Esse corre o risco de ter nadado muito e no final morrer na praia.

Será que montou um belo cavalo paraguaio? 

NOTA 3- O PRIMEIRO PASSO DO SANTA CRUZ

* O primeiro passo do Santa Cruz para obter o acesso à Série B tem o seu inicio na tarde de hoje no Arruda, quando irá receber a visita do Operário de Ponta Grossa, Paraná.

Na verdade uma pedreira já que esse time embora tenha se colocado em segundo lugar no seu grupo com a mesma pontuação do primeiro, foi sem duvida o mais destacado dessa primeira fase.

O tricolor necessita de uma vitória, mas para consegui-la terá que ter muita cautela em seu jogo, desde que o Fantasma como visitante tem um bom aproveitamento. Uma conquista com qualquer placar será uma boa garantia para o jogo de volta na casa do adversário.

O Santa Cruz terminou na 3ª colocação no Grupo A, com 28 pontos, 7 vitórias, 7 empates e 4 derrotas, com um aproveitamento de 52%.

Enquanto isso Operário ficou na 2ª colocação no Grupo B, com 35 pontos, 10 vitórias, 5 empates e 3 derrotas, (65%).

Nas últimas cinco rodadas, a equipe Coral somou 8 pontos dos 15 disputados (53,3%), enquanto o Fantasma obteve 6, (40%), inferior ao do rival.

Como mandante o tricolor do Arruda conseguiu 17 pontos, com um aproveitamento de 62%, enquanto isso, a equipe de Ponta Grossa conquistou como visitante 14 pontos, aproveitamento de 51%, que é excelente.

Os sites de probabilidades apontam o Operário como favorito, mas o Santa Cruz tem todas as condições de obter um bom resultado. Para que isso aconteça o primordial é a vontade de jogar.

NOTA 4- MUNDOS DIFERENTES

* Da maneira como estamos seguindo o futebol brasileiro só irá sair do atoleiro em 2040, quando uma geração sadia assumir o comando.

Até lá vamos continuar com o sistema anárquico tanto fora, como dentro dos gramados.

A cada vez que assistimos os jogos da Premier League e da Championship (2ª divisão Inglesa), ficamos convictos de que com esse tipo de gestão que temos no Brasil, nem que a vaca tussa iremos sair do atoleiro.

São mundos bem diferentes.

Na Inglaterra um jogo é levado com seriedade, enquanto no Brasil é avacalhado.

Na última sexta-feira assistimos um jogo da Championship, entre o Birminghan e Swansea, que terminou em 0x0, mas bem disputado, sem simulações, sem reclamações aos árbitros. A bola corria o tempo todo. Nenhum cartão amarelo foi apresentado, e o estádio lotado aplaudiu no seu final.

Civilidade é a palavra certa.

Ontem assistimos dois jogos da Premier League, Tottenham 3x1 Wolverhampton, e o clássico Chelsea 3x2 Arsenal. Ambos do mais alto nível.

Nenhum jogador reclamava da arbitragem, tampouco cercavam para pressiona-la.

Os técnicos são educados, não confrontam os apitadores, quando as partidas terminaram os atletas se confraternizaram, e todos fizeram questão de apertar as mãos dos árbitros.

Não existe simulação e sim futebol. Um mundo diferente para quem gosta do esporte.

Enquanto isso, no Brasil os árbitros são peitados durante o jogo, os cotovelos sangram os adversários, enquanto os técnicos reclamam os 95 minutos do jogo entre outras barbaridades.

Não conseguimos entender até hoje a razão de tanta passividade, ao permitirem que os atletas apitem os jogos. O que falta ao país é sem duvida o comando.

Quando não se tem uma entidade com credibilidade, para que possa impor o seu comando, iremos continuar assistindo apenas 51% de bola rolando, enquanto na Europa fica bem próximo dos 70%.

O mi,mi,mi é o grande protagonista do nosso futebol que é a cara do Brasil.

Nem Noé poderá nos salvar do dilúvio.

NOTA 5- ESCONDENDO O CRÉDITO

* Uma das coisas que estamos sempre atentos é de creditarmos o autor de algo que copiamos de uma artigo para compor o nosso.

Ao lermos as matérias dos jornais de Porto Alegre com respeito a convocação de Everton para a seleção do Circo,  vimos que todos os créditos foram dados ao Grêmio por ser formador do atleta.

Uma meia verdade.

Na realidade o atleta gremista é da cidade de Maranacaú, estado do Ceará, e foi cria das categorias de base do Fortaleza.

Em 2013 foi para a equipe gaúcha e hoje é um dos seus principais jogadores.

Precisamos fazer justiça para quem tem direito para tal.

Registro feito, e que será remetido para a diretoria do Grêmio para que seja anotado o reparo.

NOTA 6- NO BRASIL OS ÁRBITROS PAGAM PARA APITAR

* Sempre estamos na busca de algo que as nossas mídias escondem, talvez por falta de interesse.

Descobrimos algo bem interessante, ou seja, o calote da Federação Carioca no pagamento das taxas de arbitragem dos apitadores e auxiliares que estão trabalhando nos campeonatos das Séries B 1 e B2 do estadual, entre outras competições.

São mais de 10 partidas pendentes. Os árbitros estão pagando para apitar, algo inédito nesse esporte do Sanatório Geral.

O Presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, reconheceu as dividas, e prometeu que em breve o assunto será resolvido.

O mais grotesco foi a sua afirmação de que a FERJ está passando por dificuldades financeiras por conta de empréstimos feitos aos clubes.

Na verdade tal fato é mais um de um futebol que de tudo tem, menos bons jogos nos gramados.

Escrito por José Joaquim

O falecido jornalista Sergio (Arapuã) de Andrade, colunista de vários jornais brasileiros, foi um frasista famoso, e, em 2002, escreveu um livro que deveria ser uma leitura obrigatória para todos que analisam o futebol, assim como para todos que o acompanham. 

Embora tenha sido pouco divulgado na ocasião, uma leitura não faria mal a minguem, e todos poderiam perceber o que acontecia no ano de sua publicação no futebol nacional, continua em vigor em 2018. Nada mudou, pelo contrário, piorou.

O titulo do livro já desperta a atenção: ¨O futebol dos imbecis, e os imbecis do futebol¨. Entre os vários capítulos, escolhemos um para analisar e discutir com os nossos visitantes, que tem o nome de ¨A risada de um futebol sem graça¨.

Arapuã nesse texto analisa a morte dos pontas brasileiros, por conta da nova forma de se jogar. Isso em 2002, e nada foi alterado até hoje. Cita os pontas que eram pontas e sabiam jogar na posição, e faz uma pergunta pertinente: ¨Em que lugar do gramado estariam jogando hoje, Garrincha, Julinho, Tesourinha, Friaça, Telê, Claudio, Luizinho, Chico, Patesko, Canhoteiro e Pepe?

A sua resposta foi igual ao que sempre estamos discutindo em nossos artigos: estariam fora do time pelo ecletismo, isto é, se joga na ponta, e também atrás do zagueiro lateral¨. 

Observamos na critica do jornalista, algo que se tornou imutável no futebol tupiniquim, ou seja, como ele bem retratou, ¨só temos dois ponteiros em campo, quando o juiz entra com dois cronômetros¨.

O texto destaca o fim dos ponteiros, que foram substituídos pelas alas laterais, cujo resultado final foi a perda da função ofensiva e de não ganhar uma defensiva. A sua análise é pertinente, já que os times ficam sem pontas e sem laterais.

Voltamos a alertar que o livro foi publicado em 2002, com 16 anos de existência, e a ignorância de tais procedimentos continua, e com a gravidade de que os analistas já se amoldaram ao sistema e não verificam que temos um futebol preso nas laterais do campo, com uma mesmice patológica. Até nas competições de base, a fórmula é repetida.

¨É o populismo e muito manjado ¨Zeitgelst¨ do futebol. O resultado humorístico da aberração e que num contra-ataque rápido dos filisbuteiros, nossa defesa vira um cozinha, com todo mundo jogando para o alto, cruzando garfos, voando pelas janelas, se chocando, esborrachando-se na rocha do desespero total e inútil, com a bola acabando por se aninhar em nossas redes¨, textualizou.

O livro nos deixou convictos que o futebol brasileiro parou no tempo e no espaço, e continua vagando como fantasma, sem destino, não sabendo se vai para o céu, purgatório ou inferno.

Na época em que Pelé jogava, o fato mais engraçado estava relacionado às declarações do técnico do time adversário, que dizia ter formulado a tática para pará-lo, com um zagueiro marcando em cima, outro fazendo a cobertura necessária, e na realidade esquecia que necessitava de um terceiro para apanhar a bola nas redes.

Uma fonte bem proveitosa para mostrarmos que vivemos da mesma forma que os clubes do interior, hibernando como urso polar, e se não mudarmos esse sistema as cavernas não irão comportar tantos habitantes. 

Escrito por José Joaquim

O Brasil e todos os seus segmentos avacalharam uma das teorias mais importantes do mundo, a de ¨Um Passo à frente, dois Atrás, que consta de um livro do mesmo nome da autoria de Vladimir Ilitch Lenin, mentor da Revolução Russa de 1917.

Em nosso país aconteceu o inverso, quando deu o seu passo à frente, e recuou dez atrás. Para que isso possa ser entendido basta observar todos os seus segmentos.

A tecnologia deixou o mundo plano. A média de vida aumentou no país, na saúde quem tem um plano bom recebe o melhor tratamento, com equipamentos da mais alta geração. A internet domina as comunicações. São partes do passo à frente.

Enquanto isso em pleno século XXI os doentes mais pobres morrem nas portas dos hospitais na busca de um atendimento. A escola pública que era boa foi destruída. O ensino que era de qualidade, tornou-se péssimo, com uma geração escrevendo xadrez com CH. Dez passos atrás. 

Andávamos nas ruas, mesmo nas madrugadas e nada acontecia. A violência era pontual, as mortes eram mais por brigas amorosas e traições. Um passo à frente. Hoje se mata como se comprasse banana em uma feira. Dez passos atrás.

No futebol, alguns bons estádios foram construídos, os recursos se tornaram grandiosos, formando o seu passo à frente. Os dirigentes de outrora trabalhavam pelos interesses dos seus clubes, e hoje o fazem pelos seus pessoais. Dez passos atrás.

Antes do passo à frente, os torcedores de um time iam aos jogos na companhia dos que torciam pelo adversário. Iam e voltavam inteiros e vivos, mesmo sentando-se juntos nos estádios. Depois dos dez passos atrás, esses se tornaram inimigos, apareceu uma tal de organizada que bagunçou o coreto.

Além disso apesar do passo à frente, da tecnologia, dos maiores recursos, o retrocesso no futebol foi grande, com o desaparecimento dos craques, dos bons treinadores, dando lugar aos brucutus e os novos ¨professores¨, que são os mais midiáticos do que técnicos de futebol. Parte dos dez passos atrás.

O passo à frente nos trouxe uma mídia muitas vezes humorística, com dezenas de programas esportivos nas rádios e televisões. Um jornalismo diferente da qualidade do passado, que tinha excelente profissionais. Eles ouviam diretamente as fontes, hoje estuda-se pelo google. Foram dez passos atrás.

O país cresceu muito, mudou, as cidades estão cheias de espigões, a bandalha tomou conta através da corrupção, mas nesses quesitos que apresentamos os velhos tempos eram bem melhores, e mais belos do que o novo em que vivemos, em especial no futebol, que era grandioso e hoje tornou-se medíocre.

Lenin teria uma grande decepção com o Brasil, que não acompanhou a sua teoria, pelo contrário jogou-a em um aterro sanitário.