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Escrito por José Joaquim

As estatísticas são fundamentais para qualquer atividade, inclusive no futebol, por transmitirem as tendências, e uma perspectiva para os caminhos a serem traçados.

Hoje um clube organizado que pretende ir mais longe em sua vida esportiva não pode prescindir de um setor ligado aos números, para que tenha uma ideia da realidade e do que poderá ser feito visando o futuro.

Fizemos um levantamento profundo em todos os Brasileiros da Série A a partir de 2006, quando começou a era dos pontos corridos com 20 clubes, e os gráficos são bem interessantes com detalhes que ajudam ao planejamento para a competição.

Constatamos que para alcançar o titulo, a média da série de 12 anos estudada é de 75 pontos, com 21 vitórias, 9 empates e 8 derrotas. Nesse período a maior pontuação foi a do Corinthians em 2015, com 81 pontos, e a menor foi a do Flamengo, 2009, com 67, que foram resultados que ficaram fora da linha. 

Com relação ao quarto colocado, que é o último para ser classificado na Libertadores de forma direta, a média dos pontos a serem conquistados é de 64, com 18 vitórias, 10 empates e 10 derrotas. No ciclo estudado a maior pontuação do 4º colocado foi a do Corinthians, com 69 pontos, em 2014. Com relação a pior, dois clubes tiveram a mesma pontuação: o Fluminense em 2011 e o Botafogo em 2013, com 61 pontos.

Com relação aos times rebaixados, a média do primeiro da Zona de Rebaixamento foi de 43 pontos, e como vem crescendo, e para que sejam evitados os critérios técnicos essa é de 45 pontos.

A partir de 16 derrotas nenhum clube conseguiu escapar. O Coritiba em 2009 foi degolado com 45 pontos, mas teve 17 derrotas, passando da linha estabelecida. Em 2008 o Figueirense também sofreu a queda com 44 pontos e 16 derrotas.

São números reais, e que produziram uma média que vem sendo atendida nesse ciclo analisado, formando o que chamamos de uma tendência matemática consistente, e que em casos muitos raros poderá ser alterada.

As estatísticas servem para que os planejadores dos clubes possam fazer as suas previsões para os resultados dos seus jogos, e não temos a menor duvida, de que aqueles que estiverem fora da linha necessária não alcançarão os seus objetivos.

Chegamos a metade do Brasileirinho, e por todas as estatísticas que fizemos, essa irá nos mostrar os caminhos dos clubes participantes. O Corinthians em 2017, nessa ocasião era líder, e terminou campeão. Nos doze anos de pontos corridos nove times que lideravam a competição conquistaram o título.

O interessante das estatísticas é que a média da pontuação nesse período é de 42 pontos, igual a do São Paulo que é o 1º colocado nessa temporada.

Voltamos a citar algo que sempre estamos mostrando: os números falam a verdade, e abrem os caminhos para os planejadores.  

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PRIMEIRO MATA-MATA DO SPORT

* Para times que disputam o titulo de campeão, ou para aqueles que lutam contra o rebaixamento para a Série B, o resultado de uma partida pode influenciar no sentimento dos torcedores e jogadores quanto ao futuro dos seus times.

Tal fato se reflete no jogo da noite de hoje entre o Botafogo e Sport, no Nilton Santos, que é um confronto direto e além disso um mata-mata em pleno período dos pontos corridos.

Ambos não estão bem na tabela do Brasileirinho, e com chances de rebaixamento.

O alvinegro carioca, 12º colocado, 22 pontos, 5 vitórias, 7 empates, 8 derrotas, aproveitamento de 37%.

Por outro lado, o time rubro-negro da Ilha do Martírio, está na 16ª colocação, distando um ponto da zona perigosa, com 20 pontos, 5 vitórias, 5 empates e 10 derrotas, aproveitamento de 33%.

Nas últimas cinco rodadas, o Sport somou um ponto (6%), enquanto o Botafogo conquistou 2 (13%). Nas dez últimas o rubro negro conquistou 2 pontos (6%), enquanto a equipe de General Severiano totalizou 9 (30%). 

Como visitante o Leão tem um aproveitamento de 23,3% enquanto a equipe carioca da Estrela Solitária, como mandante tem 59,26% de aproveitamento.

Os números são contrários ao Sport, muito embora o adversário esteja capengando as suas chances de vitória são de 60%, contra 20% do time de Pernambuco.

Na verdade, só resta aos rubro-negros uma boa reza para Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis.

NOTA 2- UMA RODADA POBRE DE GOLS

* A 20ª rodada ainda não foi encerrada por conta do jogo que foi adiado entre a Chapecoense x Atlético-PR.

Nove partidas foram realizadas e o fato principal foi o da pobreza de gols, com um total de 13 bolas balançando as redes, com uma media grotesca de 1,44 por jogo.

Aliás isso é o belo retrato de um futebol que pratica um defensivismo exagerado, por conta do desequilíbrio financeiro dos clubes. A única solução para os menos afortunados é o de fechar as suas portas com diversos cadeados.

O placar mais elevado foi de 2x0 em dois jogos, o do Palmeiras contra o Botafogo, e América-MG e Sport. Pelo andar da carruagem esse será considerado como uma grande goleada.

Quatro partidas terminaram empatadas, com três 1x1 e um 0x0. Os mandantes tiveram 3 vitórias, e os visitantes 2. Os demais três jogos terminaram com o placar de 1x0.

O público pagante teve uma pequena queda, com 178.534 torcedores nas arquibancadas, com uma média por jogo de 19.615.

No geral o total de pagantes nas 196 partidas que foram realizadas é de 3.502.458, com a média de 17.870, que vem se mantendo.

NOTA 3- BALANÇAR AS REDES NO BRASILEIRINHO É CRIME

* A alegria do futebol é sem duvida as redes balançando. O gol é o grande espetáculo de uma partida, mas no Brasil esse produto está sumindo dos gramados.

Na Nota 2 acima mostramos uma média vergonhosa de gols na 20ª rodada de 1,44 por partida.

Os atacantes sumiram e os ônibus biarticulados tomaram conta dos gramados.

Nenhum dos vinte times chegaram a uma média de 2,0 de gols por jogo nas vinte rodadas que foram realizadas.

Os artilheiros estão em greve de fome.

Como se pode admitir uma equipe como a do Cruzeiro ter balançado as redes nos seus vinte jogos por apenas 16 vezes (0,80 por jogo). Sem duvida é inacreditável e lamentável.

Fizemos um ranking das médias e ficamos envergonhados com os resultados que mostraram a cara de um futebol inimigo das bolas nas redes.

RANKING

1- ATLÉTICO-MG- 1,8O por jogo, 2- São Paulo- 1,65, 3- Palmeiras- 1,55, 4- Flamengo- 1,50, 5- Internacional- 1,40,  6- Grêmio, 1,20,  7- Vasco- 1,16,  8- Santos- 1,16,  9- Bahia-1,15, 10-  Atlético-PR- 1,11.  

11- Corinthians- 1,10, 12- Vitória- 1,0, 13- Fluminense- 1,0, 14- América-MG-1,0, 15- Chapecoense- 0,95, 16- Sport- 0,95, 17- Botafogo- 0,90, 18- Cruzeiro- 0,80, 19- Paraná- 0,55 e, 20- Ceará, 0,60.

Que futebol é esse?

NOTA 4- O AMADORISMO DO SANTOS

* O futebol brasileiro se diz profissional com os times sendo dirigidos de forma amadora. O caso de Sánchez do Santos é a demonstração dessa realidade.

Um clube organizado jamais iria escalar um atleta em um jogo da Libertadores com uma punição à ser cumprida.

Não tínhamos ainda comentando esse assunto, desde que estávamos colhendo subsídios para uma melhor analise.

Lemos e ouvimos de tudo.

O Comet da Conmebol que tem todas as penalidades e jogadores anotadas, não tinha o nome desse atleta como penalizado. O time peixeiro de forma equivocada confiou em algo que é um boletim informativo.

O presidente santista criticou o Independiente por saber da punição e não tê-lo avisado. No mundo do futebol isso seria a entrega do ouro ao adversário.

O que deveria ter sido feito não o foi, que era solicitar da Conmebol  oficialmente se existia ou não punição ao jogador.

Todo clube que se preza tem esse cuidado nas transferências, tanto a nível nacional como internacional, para que não possam cair em um erro como esse.

Quando dirigíamos o futebol na Federação local, sempre que tinha uma contratação de outro estado, orientávamos os clubes para que esses pedissem através da entidade, informações do Circo, e do STJD.

No caso de Sánchez, que tinha jogado na competição Sul-americana o pleito deveria ser encaminhado a Conmebol. Isso faz parte do curso primário de um gestor esportivo.

Na maioria dos casos de transferências, os jogadores não comunicam as suas punições, e os clubes ficam na obrigação de pesquisar nos órgãos competentes.

O Santos pecou e poderá pagar por seu pecado.

NOTA 5- O JUIZ E O FUTEBOL DE TAPA NA CARA

* Fernando Calazans, colunista esportivo do jornal ¨O Globo¨, publicou um artigo do mais alto nível sobre o futebol brasileiro, cujo título foi de ¨O Juiz e o futebol de tapa na cara¨, onde ele analisa a boa arbitragem de Ricardo Marques Pereira que teve a coragem de expulsar Romero, atacante do Corinthians, que mandou o braço propositalmente no rosto de Digão, durante o jogo do Fluminense contra o alvinegro paulista.

O artigo é longo e não caberia no espaço de nosso blog, mas no meio desse encontramos algo que veio ao encontro do que escrevemos diuturnamente em nossas postagens.

O texto que captamos é genial e expressa a realidade do que acontece em nosso Brasil.

¨O futebol aqui no país, de um gol a outro, não se joga só com os pés. Joga-se também com os braços, com as mãos, com os cotovelos na cara dos adversários. Disputas de bola com gestos e atitudes assim se tornaram tão naturais, que, para muitos, da torcida e até da crítica, passaram a ser chamadas ¨faltas de jogo¨, isentas portanto de punição com cartão.

Os árbitros não querem criar atritos com jogadores, nem dores de cabeça para si mesmos, e dão no máximo apenas um burocrático cartãozinho.

Ao contrário destes que contam com a boa conivência da CBF, ela totalmente indiferente à violência dentro do campo (ou fora dele). Ricardo Marques Ribeiro mostrou personalidade para punir o jogador que agrediu o adversário.

A CBF e sua comissão de arbitragem não assumem sequer o trabalho de recomendar a seus comandados uma atitude mais severa com esse vício de nosso futebol. E o jogo continua com tapa na cara¨.

Na verdade ao lermos esse bom artigo ficamos na certeza de que não estamos no bloco do Eu Sozinho. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MAIS UM NO GRANDE PREMIO

* Em cinco rodadas o Palmeiras disparou na curva da entrada da reta final, superando alguns competidores que mancaram, assumindo a 5ª colocação, com 36 pontos, um a menos do 4º colocado, o Grêmio e de cinco para o líder São Paulo.  

O alviverde está invicto por cinco jogos na competiçao, com quatro vitórias e um empate, 13 pontos conquistados, dos 15 que foram disputados, um aproveitamento de 86%.

O jóquei afrouxou as rédeas e a arrancada foi mais longe do que se esperava, inclusive com chances da conquista do título.  Mais um no páreo.

Por outro lado, os Deuses do Futebol estão ajudando o Internacional, desde que a vitória contra o Bahia na última quarta-feira não refletiu o segundo tempo da equipe baiana, quando perdeu diversas chances de gol.

Nesse jogo o Colorado marcou a sua quinta vitória consecutiva no Brasileirinho. Além disso não sofreu nenhum gol.

As mãos dos Deuses ainda ajudaram no empate do São Paulo contra o lanterna Paraná, deixando o time com a distância de um ponto a mais para o rival gaúcho, como também o empate do Grêmio contra o Cruzeiro, que o deixou mais distante dos dois lideres.

Por outro lado o Internacional somou o mesmo número de vitórias da equipe paulista, que serve para a utilização dos critérios técnicos em um desempate.

No próximo domingo irá enfrentar no Beira Rio lotado, um rival direto, Palmeiras, em um jogo de seis pontos.

A corrida está ficando cada vez mais equilibrada e o resultado final irá depender do folego dos competidores, com uma desvantagem em relação ao Colorado, desde que esse tem a proteção dos Deuses.

NOTA 2- PAOLO GUERRERO E O INTERNACIONAL

* O blog de Lauro Jardim deu a noticia em primeira mão sobre a revogação procedida pelo Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), do efeito suspensivo que havia sido concedido a Paolo Guerrero.

Por conta disso o atleta deverá voltar a cumprir a suspensão de 14 meses, descontando o período que já foi pago. Está faltando nove para o término da punição.

A noticia chocou os dirigentes do Colorado que promoveram o jogo contra o Palmeiras na certeza de sua estreia, motivando com isso a venda antecipada de todos os ingressos.

Fizemos uma busca nas mídias gaúchas, como também no site do clube, para sabermos a reação da diretoria e dos torcedores.

O Internacional ainda não foi comunicado da suspensão, mas pelo que tomamos conhecimento através de uma Nota Oficial, o acordo com o atleta trazia uma proteção para ambas as partes, ou seja ao contratar o atleta o clube estava no sistema do ¨se vai jogar¨.

Tanto que sabiam que a decisão do TAS seria negativa, que passaram a semana afirmando que ¨se Guerrero não for impedido poderá jogar no domingo¨.

Por outro lado, segundo o diretor executivo, Rodrigo Caetano, o período que o jogador ficar afastado será adicionado ao vinculo.

Vamos e venhamos, esperar nove meses sem que esse possa treinar nas suas dependências e praticar futebol, para um atleta de 34 anos é algo irrecuperável.

Todos sabiam que o TAS iria derrubar o efeito suspensivo e mesmo assim se apegaram ao aleatório e no ¨se¨.

Sem duvida é mais um mico que acontece no futebol brasileiro, por conta do amadorismo da sua cartolagem.

NOTA 3- O ¨DISK BARQUEIRO¨

* No futebol brasileiro tem de tudo, menos um jogo bem jogado, que é um fato raro de acontecer. As coisas que vivenciamos nesse esporte tem um toque de humor.

Quando estávamos assistindo na última terça-feira o jogo entre o CRB e Fortaleza, que foi ganho pelo time alagoano por 2x1, com a ajuda do apito amigo, um repórter citou que essa conquista era a resultante do ¨Disk Barqueiro¨.

Na ocasião ficamos sem saber o sentido das palavras e no outro dia ao falarmos com um amigo ligado ao futebol alagoano, fomos informado da existência de um grupo de torcedores indignados com a fraca presença do seu time na Série B, quando estava na zona da degola, resolveram seguir os seus jogadores na noite e criaram esse programa.

Vão as baladas, fotografam as suas presenças e mandam para o grupo, inclusive destinando as fotos para a diretoria do CRB.

Quatro foram flagrados pelo ¨Disk Barqueiro¨ ocasionando a invasão do CT do clube e agressões aos jogadores.

Segundo os responsáveis pelo aplicativo, a vitória contra o líder já foi um produto do novo sistema.

Se a moda pega, esse poderá a ser a solução para muitos times que andam sofrendo nas competições. 

São coisas de nosso futebol.

NOTA 4- OS BONS PÚBLICOS DOS TIMES CEARENSES 

* O torcedor cearense vem dando uma lição aos demais estados do Nordeste com relação ao público presente nos estádios nas duas maiores divisões nacionais.

O Ceará que não saiu da  zona da degola levou aos seus jogos na Série A, 212.147 pagantes, com uma média de 21.215 por jogo. Está na 7ª colocação do ranking.

O Bahia que é tradicional em levar a torcida ao estádio, está na 9ª posição, com 188,854 torcedores e uma média de 17.128, abaixo do alvinegro.

Enquanto isso o Sport que sempre teve uma boa média de 16 mil pagantes, despencou para 12.005 por partida, um total de 120.050.

Com relação ao time do Vitória, a sua péssima campanha está influenciando na ociosidade de suas arquibancadas, com apenas 66.618 pagantes, e uma média pífia de 7.402.

Por sua vez o Fortaleza tem o maior número de pagantes entre os vinte disputantes da Série B. Os seus jogos levaram ao Castelão 246.687 pagantes, o dobro do Sport que está na primeira divisão. A média é de 22.425 torcedores por jogo.

Para que se tenha uma ideia exata sobre o tema, o segundo colocado é o CSA com 62.376 torcedores, média de 8.599.

O Sampaio Correa é o 10º no ranking, com 35.541 pagantes, média de 3.321, e no 11º lugar, CRB, com 35.352, e uma média de 3.214 por jogo.

Um verdadeiro baile do futebol da terra de Iracema.

NOTA 5- FLAMENGO EMBOLOU O BRASILEIRINHO

* A 20ª rodada do Brasileirinho foi encerrada parcialmente desde que ficou faltando o jogo do Atlético-PR e Chapecoense, que foi adiado por problemas climáticos.

Dois jogos foram realizados com apenas um gol marcado pelo Flamengo na sua conquista contra o Vitória da Bahia.

O triunfo do rubro-negro embolou o Brasileirinho, ao voltar à terceira colocação com 40 pontos, apenas um abaixo do vice-líder Internacional.

O time baiano entrou em campo na espera de uma bola, que aconteceu apenas no segundo tempo quando chegou bem perto do empate.

O time da Gávea dominou amplamente a partida, mas não conseguia chegar com facilidade à área do adversário.

Vitinho no começo do jogo protagonizou um bonito lance, com um chute na trave, dando a impressão que o Flamengo iria fazer muitos gols, fato esse que não aconteceu.

O melhor do jogo foi a boa atuação do atacante rubro-negro Everton Ribeiro, mostrando que vem crescendo no desenrolar da competição.

Aos 40 minutos do primeiro tempo, o meia Diego marcou para a equipe carioca o gol salvador. O segundo tempo foi de ataque contra defesa, mas sem produtividade, o que aliás é o grande problema do Flamengo.

Retrancado durante toda a partida, o Vitória acordou nos cinco minutos finais do confronto, quando Diego Alves fez a sua primeira defesa no jogo.

O público mais uma vez foi excelente, com 48.757 pagantes.

No estádio Independência em Belo Horizonte, um recorde foi batido, com a presença de 22.492 pagantes que assistiram o jogo do Atlético-MG e Vasco da Gama.

Outro encontro de um time só, com o Galo tendo 70% de posse de bola e o domínio total da partida. Apesar da pressão a equipe mineira não saiu do empate de 0x0. Ao todo finalizou 21 vezes, mas por incrível que pareça apenas quatro foram em direção do gol.

O Vasco esperava a sua única bola, e por duas vezes o goleiro Victor evitou a derrota em casa. O sistema ofensivo do Atlético não funcionou, e o empate foi de bom tamanho para a equipe vascaína, que está na busca de pontos para fugir do fogo do inferno.

Torcida teve demais nas duas partidas, mas o futebol foi de menos.

Escrito por José Joaquim

O Sport entrou numa fase de desespero ao observar que o calor do fogo do inferno está se aproximando da Ilha do Martírio.

Os números do time no quadro das estatísticas desanimam. Hoje as chances do rubro-negro ser degolado chegam a quase 77,7%.

Só ganha do Paraná que contempla 90,7%.

Estão sendo disponibilizadas três vagas na famosa zona da degola para quatro pretendentes, considerando-se que o time paranista só poderá escapar se ficar confirmado que Papai Noel existe.

Sport, Vitória, Ceará e Botafogo estão na reta final da corrida para que um desses consiga escapar do carrasco no photochart. A equipe baiana tem 72% de chances de voltar à Série B, Ceará com 53%, Botafogo, 35%.

A campanha do Sport é de um time rebaixado. Nos 10 últimos jogos somou apenas 2 pontos, com um aproveitamento de 6%, para quem precisa de 39%. Foram oito derrotas que mostram a sua realidade.

Está empatado com o Vitória em número de derrotas (10), ganhando apenas do Paraná que tem 11. Na história dos pontos corridos com 20 clubes,  nenhum disputante que totalizou 19 derrotas conseguiu fugir da zona do rebaixamento.

As estatísticas não mentem. O rubro-negro da Ilha do Martírio tem a pior defesa da competição (32 gols) e o 4º pior ataque (19 gols), um saldo negativo de -13, que só está acima do rival baiano e do time paranista.

O Sport tem um aproveitamento fraco como mandante, de 43%, e trágico como visitante (23%). Para fechar a temporada o time irá jogar 9 vezes em casa, e 9 vezes fora, 27 pontos em cada segmento.

Vamos mostrar de forma didática os adversários que irão jogar na Ilha: Paraná, Cruzeiro, Palmeiras, Internacional, Vasco, Ceará, Vitória, Flamengo e Santos. São cinco pedreiras, com poucas chances de vitórias contra esses. Se utilizarmos o atual percentual de 43%, poderá somar 12 pontos.

No caso das partidas que serão realizadas fora, os confrontos serão contra Botafogo (direto), Bahia, Corinthians, Atlético-MG, Atlético-PR, Grêmio, Fluminense, Chapecoense e São Paulo. Jogos bem complicados. Aplicando-se o percentual de 23%, poderá conquistar 6 pontos.

Serão 18 pontos no total para uma necessidade de 25 para escapar do carrasco, representando o percentual de 47% de aproveitamento dos que serão disputados, ou seja 8 vitórias e um empate.

Em 20 jogos realizados, o Sport só conseguiu obter apenas 5 vitórias e 5 empates, aproveitamento de 33,3%.

Obvio que ainda existe esperança para que o clube permaneça na Série A, mas pelo andar da carruagem isso poderá não acontecer, desde que a equipe em campo demonstra que está sem rumo, tendo perdido o lenço e o documento.

O Leão chegou na obrigação de ganhar os seus jogos e torcer para que os rivais sejam derrotados. Um desejo parecido com os sonhos de uma noite de verão.

Só os Deuses do Futebol poderão ajuda-lo, posto que da sua diretoria não se pode esperar nada sobre nada.

Escrito por José Joaquim

Os treinadores brasileiros apresentam um defeito bem visível em seus trabalhos, e isso está destruindo o futebol. Os seus comportamentos à frente das equipes mostram a falta de coragem de ousar na formação tática, dando a preferência ao pragmatismo de resultados, que hoje vem sendo adotado pela grande maioria dos clubes nacionais.

Sabemos, mas não aprovamos que a defesa do emprego motive um mecanismo automático contrário a qualquer opção de mudança, e sobretudo que posam correr o risco com tal procedimento, além das criticas que certamente advirão.

Quem enfrenta desafios não tem medo de errar, pois faz parte do sistema, e nessa atual geração de técnicos ninguém parece disposto a correr qualquer risco.

Voltamos no tempo e encontramos João Saldanha, Telê Santana e Claudio Coutinho, já falecidos, e Pep Guardiola na ativa, que sempre tiveram a coragem de se situarem à frente dos seus tempos, com procedimentos da mudança no comportamento tático do futebol.

Todos ousaram e se tornaram vitoriosos.

Telê Santana até hoje é uma referência no esporte brasileiro, João Saldanha um revolucionário com as suas mudanças táticas, assim como Claudio Coutinho, que para nós continua no patamar mais alto entre os técnicos de nosso futebol. 

No Brasil atual, o mais badalado treinador nacional é Luiz Felipe Scolari, chamado de ¨paisão¨ para os jogadores, mas com uma formação da época de Fred Flintstone.

Pep Guardiola, técnico do Manchester City é o maior representante da ousadia. Mudou o formato do futebol quando dirigia o Barcelona, trocando a tática em pleno jogo, com alterações nas posições dos atletas, e incentivando a troca de passes, que virou moda.

No atual futebol brasileiro não existe ousadia.

Quantas vezes assistimos um time com 11 jogadores contra 10 do adversário, quando os torcedores ficam na espera de uma maior agressividade na formação tática, o treinador resolve se acautelar para garantir o resultado?

Por que um time sempre sofre um apagão quando está com essa vantagem numérica de jogadores? A resposta é simples, os comandantes não sabem proceder com tal situação e se encolhem.

Fomos acostumados com um futebol ousado, que além das vitórias visava o espetáculo, e quando uma equipe ficava com um jogador a mais, os treinadores faziam as substituições certas para explorar as dificuldades dos adversários. Eram ousados, hoje são medrosos.

Atualmente temos mais volantes em campo do que atacantes, que é uma forma de proteção contra as derrotas, e sempre na espera de uma bola única. As partidas ficam modorrentas.

Se discute muito o futebol brasileiro, mas os detalhes maiores são esquecidos, e um desses é o da falta da ousadia, que nos leva a jogos pobres e sem a menor emoção.

A ousadia com responsabilidade poderá trazer de volta o bom futebol de antigamente, quando os clubes queriam vitórias, mas sem relegar a qualidade e o bom espetáculo.

Os torcedores certamente lotariam os estádios.